O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) denunciou, por meio da Promotoria de Justiça de Surubim e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), seis integrantes da organização criminosa que foi alvo da operação Lança Gloriosa, deflagrada em julho. O grupo foi denunciado pela execução do policial civil José Rogério Duarte Batista no dia 30 de maio, em Surubim.
Conforme a denúncia remetida à Vara Criminal de Surubim, os seis homens foram denunciados por homicídio qualificado por motivo torpe, praticado de emboscada e contra autoridade de segurança pública (Artigo 121 §2º, incisos I, IV e VII do Código Penal) combinado com a prática de integrar organização criminosa (artigo 2º da Lei Federal nº12.850/2013).
Dos integrantes do grupo, um já estava detido (Clériston Lucas da Silva) na época dos fatos; outros três (Francelyno Deivson da Silva Souza, Kleverton Barbosa Mendonça e Enocc da Silva Santana) foram presos desde a deflagração da operação. Já Kledson Barbosa Mendonça está foragido e Iraac do Nascimento Santana teria sido morto, com a confirmação do óbito aguardando o resultado de análise de DNA.
Entenda o caso— segundo as informações colhidas pela investigação policial, os integrantes da organização criminosa teriam tramado a execução do policial civil como represália à sua atuação, que contribuiu para a prisão de diversos integrantes do grupo. O mentor intelectual foi Clériston da Silva, que teria reunido os demais integrantes do grupo para cometer o assassinato.
Os denunciados utilizaram-se de contatos na Bahia para alugar uma caminhonete, que foi transportada até o interior de Pernambuco para servir como meio de transporte para os executores do crime. No dia 30/05, Iraac, Kleverton e Francelyno executaram a vítima. Kledson participou do crime dirigindo o veículo.
No dia seguinte, o grupo se desfez do carro, que foi encontrado carbonizado na cidade de Umbuzeiro, na Paraíba.