
A Polícia Federal (PF), por meio da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DELECIBER/PE), deflagrou na manhã de hoje (10) as operações “Frater Tenebrarum” e “Infantia Tutela”, com o objetivo de combater crimes de armazenamento e divulgação de material contendo cenas de abuso sexual infantil.
As ações se referem a dois inquéritos policiais distintos, ambos iniciados em 2025.
Três mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos nos municípios de Ipojuca, Cabo de Santo Agostinho e Gravatá.
O foco das diligências é apreender computadores, notebooks, celulares e mídias que possam ter armazenado imagens e vídeos com cenas de abuso sexual de menores.
Caso sejam comprovados os crimes de armazenamento e divulgação de imagens e vídeos contendo cenas de abuso sexual infantil, os investigados podem ser condenados a penas que, somadas, variam de 4 a 10 anos de reclusão.
Todo o material apreendido será submetido a exame pericial para buscar evidências dos crimes sexuais cometidos por meio da internet.
Os nomes das operações, em latim, fazem referência direta aos crimes combatidos: “Frater Tenebrarum” (Irmão das Trevas ou Irmão da Escuridão): Alude ao fato de o crime ter sido cometido de forma oculta no ambiente virtual. “Infantia Tutela” (Proteção Infantil): Refere-se ao importante trabalho da Polícia Federal em defesa das crianças e adolescentes vítimas de crimes cibernéticos.
A PF ressalta a importância de os pais e responsáveis monitorarem e orientarem seus filhos sobre os riscos do mundo virtual e físico. Medidas como conversar abertamente sobre os perigos online, explicar o uso seguro de redes sociais e aplicativos, e acompanhar as atividades online dos jovens são essenciais.
A instituição destaca que o termo “pornografia” na legislação (Art. 241-E do Estatuto da Criança e do Adolescente) está sendo substituído pela comunidade internacional pelos termos “abuso sexual de crianças e adolescentes” ou “violência sexual de crianças e adolescentes”, para dar a dimensão da violência infligida nas vítimas.



