Empresários do setor de turismo consideraram o Carnaval em Pernambuco um sucesso e vislumbram a retomada econômica em 2018. A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Estado (Abrasel-PE) estima um aumento médio de 15% no faturamento em estabelecimentos do Estado. Já a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis local (ABIH-PE) comemora 97% de ocupação nos principais polos de folia e também no Litoral Sul e Agreste.
Só no Recife, que recebeu 1,6 milhão de visitantes, vendedores de bebidas, alimentos, artesanato e customização de fantasias cadastrados pela prefeitura faturaram quase R$ 1,5 milhão, cerca de 50% a mais do que no ano passado. A Arena Gastronômica, com 11 restaurantes no Bairro do Recife, movimentou R$ 350 mil, 25% a mais do que no ano passado. Este foi o melhor resultado da arena desde que foi criada há 11 anos. Cerca de 110 mil pessoas passaram pelo local.
Para o presidente da Abrasel-PE, André Araújo, o aumento médio de 15% no faturamento em bares e restaurantes do Estado, nos pontos mais movimentados no Carnaval, mostra a retomada de patamares de 2014 e 2015, quando a crise começou. “A volta do poder aquisitivo, controle da inflação devido à queda no preço dos alimentos e também a queda no endividamento das famílias são incentivos para as pessoas voltarem a fazer a programação ligada a lazer”, afirma.
Já a ABIH-PE estima que houve aumento de até 10% na ocupação hoteleira em comparação com o ano passado no Estado. No Recife, a ocupação chegou a 90%. Já em Porto de Galinhas, no Litoral Sul, e Gravatá, no Agreste, ficou em torno de 95%. “O Carnaval deste ano foi positivo demais. Os empresários do ramo hoteleiro estão mais otimistas este ano”, explica o vice-presidente da ABIH-PE, Eduardo Cavalcanti. Ele é proprietário do Portal de Gravatá e estima ocupação de 98% no hotel. “Gravatá é um ponto escolhido por quem quer fugir do Carnaval. O Jazz Festival atraiu milhares de pessoas”, complementa.
O gerente de Vendas dos hoteis Vela Branca, no Recife, Casa Grande, em Gravatá, e da pousada Baía dos Corais, em Tamandaré, Manoel Soares, afirma que a ocupação foi melhor do que o ano passado em todos os estabelecimentos. “A a perspectiva é de que 2018 seja um ano melhor do que 2017. Em Gravatá, já estamos tendo demanda para a Semana Santa”, diz.