110 profissionais ligados à Polícia Civil de Pernambuco não recebem salário há seis meses

Por Rafael Santos 21/05/2018 12:58 • Atualizado 21/05/2018
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Há cerca de seis meses 110 pais e mães de família estão com os salários atrasados e sem receber vale-transporte ou vale-refeição. Estas pessoas são funcionárias terceirizadas que cuidam da parte de serviços gerais de delegacias localizadas em Recife e área metropolitana.

O transtorno tem sido grande, tanto para os 110 profissionais, quanto para as delegacias. Uma entrevistada, que não quis que seu nome fosse publicado, nos disse que só não passa necessidades por ter a ajuda de sua família. Ela também nos disse que muitos dos 110 trabalhadores limpam as delegacias em troca de uma “vaquinha” feita pelos próprios policiais. Esta tem sido a forma que muitos policiais acharam para conseguir trabalhar num lugar mais limpo, e, também, ajudar a equipe de limpeza.

Os 110 terceirizados entraram com um processo na Justiça do Trabalho, mas na última audiência, ocorrida este mês de maio, nenhum representante do Governo ou da empresa a que estão ligados compareceu. São 197 páginas relativas à Ação Civil Pública nº 0000147-34.2018.5.06.0121, aonde constam as demandas dos terceirizados.

Tentamos entrar em contato com a Pessoal Engenharia e Serviços Eireli – ME (CNPJ 35.346.147/0001-12), empresa responsável pelos terceirizados que ficam à disposição das delegacias, mas não obtivemos resposta até o momento.

Outros entrevistados, que também não quiseram que seus nomes fossem mencionados, se mostraram muito preocupados. Eles se dizem absolutamente indefesos. Isso porque, até agora, não obtiveram nenhuma esperança concreta, em termos de data, relativa ao pagamento dos salários e benefícios atrasados.

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