Encontro Cultural de Coco de Roda movimenta a Mata Norte neste sábado, 20

A programação será realizada no terreiro do Ponto de Cultura do Maracatu de Baque Solto Pavão Dourado, em Tracunhaém, a partir das 20h. Evento terá atrações de Nazaré da Mata e Aliança.

Por Rafael Santos 19/09/2025 17:09 • Atualizado Há 41 minutos
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Na noite deste sábado (20), grupos, artistas, turistas, moradores e admiradores das tradições da cultura nordestina tem uma agenda marcada no  terreiro do Ponto de Cultura do Maracatu de Baque Solto Pavão Dourado, na Rua Cristóvão de Holanda Barbosa Cavalcanti, nº 42, Bairro Novo, em Tracunhaém, para acompanhar a estreia do projeto  “Tem Coco de Roda no Terreiro”, que promete agitar a região canavieira da Mata Norte de Pernambuco.  A festa, em celebração às práticas culturais de origem afro-brasileira reconhecidas como patrimônio imaterial pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), começa às 20h.

A programação gratuita reúne grupos culturais das cidades de Tracunhaém, Aliança e Nazaré da Mata. O evento tem o objetivo de movimentar os terreiros das agremiações populares da região e conta com incentivo da Secretaria de Cultura, Fundarpe e Governo de Pernambuco, por meio do Funcultura.

A abertura será com o Coco Popular de Aliança, fundado em setembro de 1998. O grupo é formado por seis músicos e quatro bailarinas que, com vestidos coloridos, levam beleza e interação ao público. A poesia e os versos ficam por conta de Severino de França, o Mestre Biu do Coco.

Na sequência, entra em cena o Coco Canavial, de Nazaré da Mata, que mistura sonoridades do maracatu rural, da ciranda e do cavalo marinho. A atração é conduzida pelo Mestre Valmir e por sua irmã Valdenise (Jô), que se revezam nos cantos poéticos embalados pelos músicos.

O protagonismo feminino aparece com o Coco de Roda Panela de Barro, criado em março de 2013 por Maria José da Rocha, a Mestra Maria do Coco, e sua filha Jeilza Maria da Rocha, a Mestra Jel do Coco. Juntas, apresentam cantos inspirados em tradições quilombolas e de terreiros dos canaviais, exaltando ancestrais e a cultura de matriz africana.

Para encerrar a noite, o Maracatu de Baque Solto Pavão Dourado coloca na rua seus 178 brincantes em um espetáculo que reúne influências indígenas, africanas e europeias. Entre os personagens estão o rei, a rainha, 85 caboclos, 60 baianas, a dama do paço, a burrinha, a catirina, o mateu, além de porta-bandeiras, areiamás, bandeiristas, porta-pavão, dois mestres e quinze diretores. 

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