Um casamento que parecia perfeito, quase duas décadas mestrando a mesma nação, uma historia marcada por títulos, sambadas e muitos carnavais, assim se define a relação de 17 anos entre o mestre Zé Joaquim e o Maracatu Pavão Dourado de Tracunhaém.
Mais como todo começo tem seu fim, chegou ao final a parceria entre o mestre e a nação. No último domingo (12), após uma reunião com diretoria e brincantes onde a maioria de votos optou por sua saída do brinquedo. Dos 30 diretores, com direito a voto, 23 optaram para que Zé Joaquim deixasse o Pavão, enquanto 7 por sua permanência. Assim sendo restou ao presidente, Zé Nê ter a incumbência de comunicar a destituição do mestre.
Em entrevista ao programa Francisco Junior, da Rádio Carpina-FM, Zé Joaquim falou de sua saída que pra ele foi uma surpresa. “Fui tomado de surpresa, embora já tinha expressado meu desejo de deixar o maracatu, porém não exatamente neste momento. Como o brinquedo foi rebaixado eu pretendia continuar mestrando mais um ou dois anos, até deixa-lo na especial novamente”, disse o mestre. Zé Joaquim que também não ficou satisfeito em receber a notícia que estava fora do Pavão, por telefone. Já que para ser contratado foram pessoalmente na casa dele.
Também em entrevista, Zé Nê, falou sobre a saída do outro Zé. “Por mim ele não sairia agora, mais eu não trabalho nem tomo decisões sozinho no brinquedo. E como foi colocado em votação, a maioria pediu por sua saída”, explicou.
Sobre a noticia ser dada por telefone, Nê explicou: “Achei muito pesado ir na casa de Zé Joaquim e comunicar pessoalmente. Não me senti forte pra esse momento”. E finalizou dizendo: “Dificilmente o Pavão terá outro mestre como Zé Joaquim. Um homem de muito respeito, Carácter e personalidade”, encerrou.