Ministros e secretários prestigiam posse da nova direção da Feplana nesta quarta

Por Rafael Santos 21/03/2016 09:54 • Atualizado 21/03/2016
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Assenbleia geral ordinária SCS Ed Baraca Feplana Brasília DF

Neste quarta-feira (23), 70 mil produtores de cana do Nordeste e do Centro-Sul do Brasil, representados por 31 associações em 13 estados, terão um novo presidente da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana) – única entidade de classe do setor a nível nacional, fundada em 1941. O presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de PE (AFCP), Alexandre Andrade Lima, um dos responsáveis por reativar usinas pelo cooperativismo dos canavieiros e por conseguir subvenções federais para o setor no NE, assume a Feplana no lugar de Paulo Leal, presidente da Associação dos Plantadores de Cana do Paraná. Leal deixa o cargo após dois mandatos marcados por intensiva atuação, legitimando a Feplana como a legítima representante do setor no país e consolidando-a junto às esferas dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário nacional.

A cerimônia de posse da nova direção da Feplana, tendo Lima como presidente e Leal como vice-presidente, será realizada em Brasília, no Hotel Nacional, nesta quarta-feira (23), às 12h30. O evento já conta com a presença confirmada de dois ministros (Armando Monteiro e José Múcio), quatro secretários estaduais de Agricultura (Arnaldo Jardim (SP), Milton Mota (PE), Álvaro Vasconcelos (AL) e Rômulo Montenegro (PB), além de dezenas de políticos, como o senador Renan Calheiros.

Na ocasião, o secretário Arnaldo Jardim será homenageado diante do seu histórico político em defesa do setor canavieiro nacional. “Jardim foi o mentor e articulador no Congresso Nacional, quando estava como deputado, hoje licenciado, do acréscimo de 22% para 27% de anidro na composição da gasolina, que depois foi aprovado pela União”, fala Lima.

A nova diretoria executiva da Feplana é formada por Lima, Leal e mais Edison José Ustulin (AFIDB/SP) como 2° vice-presidente, Luis Henrique Scabello de Oliveira (Canasol/SP) – 1° secretário, Luiz Eduardo Crespo (Asflucan/RJ) – 2° secretário, Murilo Correia Paraíso (Asplan/PB) – 1° tesoureiro e Luis Carlos Orsi (AFCRC/SP) – 2° tesoureiro. O Conselho Fiscal é composto por seus membros efetivos: Aparecido Ailton Passoni (Novocana/SP), Edgar Lehay Antunes (Asplana/AL) e Renato Lima Ribeiro (Asplan/RN); e suplência: Jorge Ferreira Monteiro (AFCESB/BA), Marcos Vrossin (Alfocig/SP) e José Santos Silva Amado (Asplan/SE).

Fortalecer as entidades de classe nos estados produtores de cana. Essa é a primeira das prioridades da Feplana, tarefa da qual Lima lista como prioridade do mandato. Ele diz que é preciso garantir meios de garantir um equilíbrio mais justo na relação comercial entre usinas e plantadores de cana: “É preciso atuar no combater às discrepâncias nos Conselhos dos Produtores de Cana, Açúcar e Álcool (Consecana)”, ressalta. O Consecana reúne representantes de plantadores de cana e usinas para definir o preço da cana. O novo presidente conta que, infelizmente, não existe um padrão nacional na formação do preço da cana nos estados, como faltam critérios coerentes que valorizem a cana de forma justa.

Lima entende que também é preciso continuar o trabalho da Feplana no sentido de cobrar do governo federal a garantia da transgenia da cultura da cana de modo significativo e emergencial. A reivindicação se justifica sobretudo diante das questões das variações e mudanças do clima visto no país, com o surgindo de extremos climáticos, ora seca, ora elevados níveis pluviométricos, aumentando em suas ocorrências e intensidades.

Esta e outras reivindicações da Feplana junto aos Poderes Executivo e Legislativo constam nas finalidades principais da entidade que justifica a sua existência. A Federação tem como objetivo reivindicar e colaborar com os poderes públicos nos assuntos ligados à política da produção e comercialização da cana, açúcar, álcool e de quaisquer subprodutos da cana. E também colaborar com projetos, emendas e sugestões nas leis e outros atos normativos referentes à agricultura da cana no governo e no Congresso Nacional, zelando sobretudo pela participação integrada e obrigatória dos canavieiros na cadeia produtiva do setor sucroalcooleiro.

Desse modo, o novo presidente da Feplana deve levar a nível nacional uma pauta que tem sido de grande valia para fortalecer os canavieiros do seu estado e que vem revolucionando o setor sucroenergético em PE: a reativação de usinas por cooperativa de plantadores de cana. A experiência pode combater problemas recorrentes entre o agricultor e as usinas. Lima relata que, após a reativação das usinas pernambucanas Pumaty e Cruangi, os preços da cana no estado passaram a ser mais valorizados pelas demais usinas. “A iniciativa ajuda a regular o setor, melhorando a relação dos fornecedor independente com os industriais”, garante o dirigente.

Lima assume a presidência como uma tarefa colocada e abalizada pela própria Feplana. Ele não havia se colocado para o cargo e só assumiu a missão diante da escolha de consenso de todos os dirigentes do órgão. A resistência para o cargo foi por alegar falta de tempo diante de outras tarefas. Ele presidi a AFCP, a União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida) e uma das cooperativas que reativaram usinas em PE. Lima só revolveu assumir a Presidência da Feplana na condição, já aceita, de seu antecessor, Leal, atuar, com ele, nos trabalhos atribuídos ao cargo.

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