
O que começou como um simples passeio entre amigos acabou se tornando uma das noites mais comentadas da região. Feu, o Japinha, reuniu a turma por volta das 21h para seguir em direção à praia de Boa Viagem em um Gol 99, veículo que, apesar da idade, sempre foi tratado como guerreiro pelos amigos. A intenção era apenas circular pela cidade e aproveitar a noite recifense.
No trajeto, ainda na área que liga a Zona Norte ao Recife, o Gol apresentou falhas mecânicas e parou completamente em cima de um viaduto. O local tinha trânsito intenso e iluminação reduzida, o que exigiu cuidado da turma. O grupo posicionou o veículo no acostamento e ligou o pisca-alerta para evitar acidentes.
Feu seguia também com sua Honda ADV 160, que acabou servindo como apoio e como luz auxiliar para alertar motoristas sobre o carro parado. Enquanto isso, Thiago, motorista do grupo e profundo conhecedor das ruas do Recife, abriu o capô, verificou o básico e conduziu a situação até a chegada da equipe da Lei Seca, que fez uma verificação rápida e liberou o grupo após constatar que se tratava apenas de um problema mecânico.
Depois de algumas tentativas, o Gol 99 voltou a funcionar, surpreendendo até quem duvidava do velho guerreiro. A comemoração foi imediata: a turma subiu em cima do carro celebrando a vitória, arrancando buzinas, olhares curiosos e sorrisos de motoristas que passavam.
Por volta das 22h30, o grupo chegou à praia de Boa Viagem. Logo que pisaram na areia, o clima virou outro. Depois de tomar água de coco no quiosque, a JBL foi ligada tocando músicas internacionais, e é aí que começou o verdadeiro espetáculo da noite.
Feu passou a chamar atenção de todos ao redor com sua dança.
No improviso, iniciou passos descontraídos, brincadeiras e movimentos que fizeram turistas, casais e grupos de amigos pararem para olhar. Alguns gravaram vídeos, outros tentaram acompanhar o ritmo, e vários chegaram a comentar em voz alta:
— “Esse japonês aí é uma figura!”
— “Oxe, e ele dança bem mesmo!”
— “Que energia é essa?”
A cada música que tocava, a roda aumentava. Feu arrancava risadas com suas imitações, giros inesperados, caretas e trechos improvisados das coreografias. A animação dele se espalhou pela areia, contagiando até quem estava apenas de passagem. Turistas entraram na dança, bateram palmas e até elogiaram diretamente.
Enquanto isso, Ricardinho tentava escapar de tomar banho de mar, mas acabou sendo arrastado pelos amigos em meio a gargalhadas. Já Vinícius, sobrinho de Feu, aproveitou a noite até onde pôde antes de se afastar para descansar devido ao cansaço causado pelos problemas cardíacos.
Felipe, o Pata, alternava entre dizer que queria ir embora e ser um dos mais empolgados da noite. Ele chegou a caminhar até um posto de gasolina para buscar água e tentar ajudar novamente o Gol 99 caso fosse necessário.
A presença do grupo virou ponto de observação na praia. Pessoas reduziam o passo para assistir à cena. Alguns turistas tentaram repetir os passos de Feu, gerando ainda mais risadas e elogios. A orla ganhou clima de festa improvisada.
Mais tarde, a turma encerrou a madrugada no McDonald’s. Mesmo lá, a animação continuou. Um grupo de amigos que estava sentado perto não conseguiu conter as risadas ouvindo as histórias e resenhas da noite que Feu e os demais contavam. A mesa virou centro de atenção.
Tenho só 18 reais no Pix.”
disse Felipe Pata com a maior cara lavada.
O grupo quase caiu no chão de tanto rir. Segundo Feu, Felipe é daqueles que esconde dinheiro em uns 8 bancos diferentes só pra bancar o liso
Na volta pra casa, o Gol 99 deu seu último suspiro. Simples assim: apagou de vez em Paudalho, bem em frente ao escritório de Moreira.
E no meio do susto, veio a piada que aliviou tudo: “pelo menos morreu na nossa cidade”
No fim, o que era para ser um susto com um carro velho virou uma noite marcada por música, dança, improviso, gargalhadas e elogios, com Feu o Japinha se tornando, mais uma vez, o nome mais comentado da madrugada.
Papai do Céu,
obrigado por guiar nossa ida e nossa volta.
Na estrada, quando o mundo escureceu,
foi Tua luz que ficou acesa por nós.
Cuidou dos passos, dos medos,
do que vimos e do que nem percebemos.
Chegamos e voltamos bem porque Tu foste o caminho.
Obrigado, Deus, por cada livramento
e por nunca soltar nossa mão. ✨🙏



