Uso excessivo do celular provoca dor de cabeça? Veja a relação

Por Rafael Santos 12/09/2025 15:30 • Atualizado Há 2 horas
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A presença da tecnologia no cotidiano transformou como trabalhamos, estudamos e nos comunicamos. Entre todos os dispositivos digitais, o smartphone é, sem dúvida, o mais utilizado. 

No entanto, o uso excessivo do celular tem se tornado uma das principais causas de queixas relacionadas à saúde, especialmente no que diz respeito a dores de cabeça constantes e crises de enxaqueca.

A relação entre a exposição prolongada às telas e os sintomas físicos vão além do desconforto ocular. Problemas posturais, como o torcicolo e impactos no sistema nervoso, são cada vez mais frequentes entre quem passa horas conectado. 

Este artigo apresenta os riscos desse hábito e orientações para reduzir os danos à saúde, além de reforçar a importância de buscar ajuda médica quando necessário.

Qual o impacto do uso excessivo do celular no organismo?

O uso contínuo de dispositivos móveis exige esforço visual e postural que, a longo prazo, pode desencadear uma série de complicações. A atenção constante à tela provoca fadiga ocular, caracterizada por visão turva, sensação de areia nos olhos e sensibilidade à luz. 

Esses sintomas muitas vezes evoluem para dores de cabeça persistentes e, em casos mais graves, enxaquecas recorrentes.

Outro ponto crítico é a postura. Ao inclinar a cabeça para visualizar a tela, os músculos do pescoço são sobrecarregados, favorecendo inflamações e tensões. 

Essa prática, repetida diariamente, pode resultar em torcicolo e dores cervicais intensas, que irradiam para a cabeça e ombros, agravando ainda mais o quadro de mal-estar.

Quais as principais consequências do uso prolongado de telas?

O uso descontrolado do smartphone está diretamente relacionado a diversos problemas, como fadiga ocular, tensão muscular e torcicolo, alterações no sono e crises de enxaqueca. Confira!

1. Fadiga ocular digital

A exposição prolongada à luz azul emitida pelas telas leva a sintomas como olhos secos, dificuldade de foco e irritação. Esse esforço constante é um gatilho para dores de cabeça frequentes.

2. Tensão muscular e torcicolo

Manter a cabeça curvada por longos períodos aumenta a pressão sobre a região cervical. O resultado é o desenvolvimento de torcicolo, sensação de rigidez e dor no pescoço que pode evoluir para desconfortos crônicos e crises de enxaqueca.

3. Alterações no sono

O hábito de utilizar o celular antes de dormir compromete a produção de melatonina, hormônio responsável pelo sono. A má qualidade do descanso noturno favorece a ocorrência de dores de cabeça e reduz a capacidade de recuperação do corpo.

4. Crises de enxaqueca mais intensas

Para indivíduos que já convivem com enxaqueca, o estímulo luminoso e sonoro contínuo aumenta a frequência e a intensidade das crises. O uso excessivo do celular atua como um fator desencadeante e potencializador.

Profissões e situações mais vulneráveis

Alguns grupos estão mais expostos aos efeitos negativos do uso intenso de dispositivos móveis, como:

  • profissionais que trabalham remotamente: passam grande parte do tempo diante do smartphone para reuniões, mensagens e tarefas diárias;
  • estudantes: dependem de aplicativos educacionais e redes sociais, prolongando o tempo de exposição às telas;
  • motoristas de aplicativo e entregadores: usam constantemente o celular para localização e comunicação, muitas vezes em posturas inadequadas;
  • criadores de conteúdo digital: vivem conectados, exigindo atenção contínua à tela, elevando os riscos de fadiga ocular e problemas posturais.

Quais as estratégias para reduzir os impactos à saúde?

Adotar medidas preventivas é fundamental para evitar dores de cabeça, enxaquecas e distúrbios musculares relacionados ao uso de dispositivos.

1. Faça pausas frequentes

Interrompa o uso do celular a cada hora por pelo menos cinco minutos. Esse simples hábito reduz a fadiga ocular e permite alongar os músculos do pescoço.

2. Pratique a regra 20-20-20

A cada 20 minutos, olhe para um ponto distante, a pelo menos 6 metros, durante 20 segundos. Essa técnica ajuda a relaxar os olhos e previne desconfortos visuais.

3. Corrija a postura

Mantenha a tela na altura dos olhos sempre que possível. Ajustar a posição do pescoço diminui a sobrecarga cervical e previne torcicolo.

4. Use recursos de proteção visual

Ative filtros de luz azul e modos noturnos nos aparelhos. Essas configurações reduzem a intensidade da luz e minimizam seus efeitos sobre os olhos e o sono.

5. Estabeleça limites digitais

Defina horários específicos para utilizar o smartphone e evite seu uso pelo menos uma hora antes de dormir. Essa prática melhora a qualidade do sono e diminui as chances de dores matinais.

Exercícios simples para aliviar tensões

Além das pausas, incorporar exercícios de alongamento e relaxamento pode fazer diferença no combate às dores. Experimente:

  • alongamento do pescoço: incline a cabeça suavemente para cada lado, mantendo a posição por 15 segundos;
  • movimentos circulares nos ombros: ajudam a liberar a tensão acumulada;
  • piscar voluntariamente: fortalece a lubrificação ocular, reduzindo o ressecamento causado pelo uso prolongado de telas.

Essas práticas, quando realizadas diariamente, atuam como medidas preventivas e de alívio imediato.

Quando procurar um especialista?

Dores persistentes não devem ser ignoradas. Procure atendimento médico se:

  • as dores de cabeça forem intensas ou diárias;
  • houver episódios frequentes de torcicolo ou dores cervicais;
  • os sintomas vierem acompanhados de náuseas, tonturas ou alterações visuais.

Um profissional pode indicar o tratamento mais adequado, que pode incluir fisioterapia, ajustes ergonômicos e, em alguns casos, medicamentos.

Um convite à mudança de hábitos

O uso da tecnologia é indispensável, mas pode ser equilibrado. Pequenas mudanças no dia a dia, como limitar o tempo diante das telas, cuidar da postura e praticar exercícios, trazem benefícios reais para a saúde.

Adotar uma rotina consciente não somente reduz dores de cabeça e crises de enxaqueca, mas também promove mais disposição e qualidade de vida. 

Ao valorizar o bem-estar e reconhecer os sinais do corpo, é possível aproveitar as facilidades do mundo digital sem comprometer a saúde.

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