
Nos últimos anos, o marketing digital deixou de ser apenas uma tendência para se tornar uma realidade indispensável no Brasil. Os consumidores brasileiros passam em média cerca de nove horas por dia online, e 87% utilizam redes sociais regularmente, números que evidenciam como o ambiente digital se integrou ao cotidiano do país.
Diante desse cenário, prestadores de serviços, de advogados a médicos, engenheiros, arquitetos, designers de interiores, profissionais de móveis planejados, empresas de energia solar, corretores de planos de saúde, planos funerários, consórcios e outros, precisaram revolucionar suas estratégias de captação de clientes. Muitos desses profissionais tradicionalmente dependiam do boca a boca ou de indicações locais; porém, a busca por visibilidade na internet tornou-se questão de sobrevivência empresarial.
Um reflexo claro dessa mudança é o boom do investimento em tráfego pago (anúncios online) em plataformas como Google e Meta (Facebook/Instagram) por parte do setor de serviços. Ao longo da última década, o montante investido em publicidade digital no Brasil cresceu de forma exponencial, saltando de aproximadamente R$8,3 bilhões em 2014 para cerca de R$ 37,9 bilhões em 2024.
Esse crescimento impressionante mostra que empresas de todos os portes, inclusive profissionais liberais e pequenos negócios de serviços, estão multiplicando seus aportes em anúncios online. Neste artigo, vamos explorar por que investir em tráfego pago se tornou tão importante, como a forma de investimento mudou nos últimos anos, os dados-chave desse crescimento no Brasil e de que maneira diversos prestadores de serviço têm aproveitado Google Ads e Meta Ads para impulsionar seus negócios, culminando em uma visão abrangente do impacto e das perspectivas dessa estratégia no setor de serviços.
Por que é importante investir em tráfego pago?
Investir em tráfego pago significa pagar por anúncios em plataformas como mecanismos de busca (Google) e redes sociais (Facebook, Instagram) para atrair potenciais clientes. Para prestadores de serviços, essa estratégia se mostrou cada vez mais essencial. Primeiramente, estar presente onde seu público está é fundamental, e hoje seu público está online.
Quando alguém precisa de um advogado, médico especialista ou mesmo de um arquiteto para um projeto, a primeira ação geralmente é pesquisar no Google ou pedir recomendações em redes sociais. Se o seu serviço não aparece nessas buscas, você está perdendo oportunidades de negócio.
Com o tráfego pago, é possível garantir visibilidade imediata, posicionando seu site ou anúncio no topo dos resultados de pesquisa ou no feed das redes sociais do público-alvo.
Diferente do marketing tradicional (como anúncios em rádio, TV ou flyers), os anúncios digitais permitem segmentar exatamente quem você deseja atingir, por localização, interesses, faixa etária, profissão etc. Isso significa que cada real investido trabalha de forma mais eficiente, alcançando pessoas com alto potencial de se tornarem clientes efetivos.
Outra grande vantagem do tráfego pago é a mensuração de resultados e otimização. Plataformas como Google Ads e Meta Ads oferecem métricas em tempo real, você sabe quantas pessoas viram seu anúncio, clicaram, enviaram um contato ou preencheram um formulário.
Essa rastreabilidade permite aos prestadores de serviços medir o retorno sobre investimento (ROI) e ajustar suas campanhas para maximizar resultados. Por exemplo, se um designer de interiores faz uma campanha segmentada para determinada região e nota que o custo por clique está alto, ele pode refinar as palavras-chave ou o público para melhorar a performance.
Esse refinamento contínuo, impossível em mídias tradicionais, garante que mesmo orçamentos modestos gerem impacto. Não é necessário gastar fortunas para obter bons resultados, o segredo é investir de forma estratégica e assertiva, com anúncios bem direcionados ao público certo.
Em suma, investir em tráfego pago se tornou importante porque amplia a visibilidade, atrai clientes qualificados rapidamente e permite controlar o desempenho como nenhuma outra forma de publicidade, algo especialmente valioso para profissionais autônomos e pequenas empresas de serviços que precisam otimizar cada recurso disponível.
Como a forma de investimento mudou nos últimos anos?
A maneira como prestadores de serviços investem em marketing passou por uma transformação radical na última década. Há dez anos, grande parte desses profissionais apoiava-se em métodos tradicionais de divulgação, cartões de visita, páginas amarelas, panfletos, eventos presenciais e, principalmente, no boca a boca.
Advogados, médicos e arquitetos confiavam majoritariamente em indicações e reputação local. No entanto, conforme a população migrou suas atividades para o mundo online, a publicidade também migrou. Hoje, o digital não é mais opcional, mas sim obrigatório para quem deseja acompanhar o comportamento do cliente moderno.
O investimento em publicidade digital no Brasil cresceu rapidamente ano após ano, tanto em volume quanto em participação nos orçamentos de marketing. Em 2011, por exemplo, os anúncios na internet representavam pouco mais de 10% do total das verbas publicitárias nacionais; já em 2022 esse percentual superou 50% e continua subindo.
Ou seja, em pouco mais de uma década a publicidade online saiu de coadjuvante para protagonista absoluta no mix de mídia das empresas brasileiras.
Essa mudança não ficou restrita às grandes empresas, pelo contrário, foi marcada pela democratização do acesso à publicidade. Plataformas como Google e Facebook tornaram viável que pequenos negócios e profissionais liberais fizessem campanhas com investimentos reduzidos, algo inimaginável nos tempos de anúncios em TV ou jornal (que exigiam orçamentos altos).
Hoje, um escritório de engenharia ou um consultório médico pode, com poucos cliques, criar um anúncio segmentado para sua cidade ou bairro, investindo talvez R$20 ou R$50 por dia, e atingir centenas de pessoas relevantes. Isso levou a um aumento significativo no número de anunciantes online. Nos últimos anos, dezenas de milhares de pequenas empresas ingressaram no marketing digital, ampliando a base de investidores em tráfego pago.
Em 2018, por exemplo, mais de 54 mil novas marcas passaram a investir em publicidade, muitas delas de médio e pequeno porte, indicando uma diversificação dos anunciantes. Além disso, a pandemia de COVID-19 acelerou esse processo: com as restrições presenciais, profissionais de saúde adotaram teleatendimento e precisaram se promover digitalmente; escolas e consultores migraram para o online; corretores de seguros e imóveis intensificaram anúncios na internet para compensar a queda do fluxo nas ruas.
O resultado é que a forma de investimento mudou de pontual e experimental há alguns anos para contínua e estratégica hoje. A maioria dos prestadores de serviços incorporou o tráfego pago em seu planejamento regular, muitas vezes destinando uma parcela fixa do orçamento mensal para Google Ads e Meta Ads.
Campanhas digitais deixaram de ser “extras” para se tornarem o centro das estratégias de marketing, com planos anuais, metas de leads mensais e profissionais dedicados (como gestores de tráfego) cuidando dessas frentes.
Em suma, nos últimos anos testemunhamos uma mudança estrutural: do marketing analógico para o digital, do improviso para a estratégia orientada por dados, e os prestadores de serviços estão na linha de frente dessa revolução.
Dados importantes sobre o crescimento do investimento no Brasil
Os números confirmam de forma contundente o crescimento do investimento em tráfego pago no Brasil, especialmente no setor de serviços. De acordo com o IAB Brasil (Interactive Advertising Bureau), somente no primeiro semestre de 2022 os investimentos em publicidade digital no país alcançaram R$14,7 bilhões, um aumento de 12% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Esse crescimento anual de dois dígitos tem sido a norma na última década, para se ter ideia, em 2014 o investimento digital ao longo do ano foi de cerca de R$8 bilhões, ao passo que em 2022 ultrapassou R$ 28 bilhões (uma expansão de aproximadamente 250% no período).
Já em 2024, o mercado brasileiro de mídia digital atingiu R$37,9 bilhões investidos, um crescimento de 8% sobre 2023r. Esse volume coloca o Brasil como 6º maior mercado de anúncios digitais do mundo, evidenciando a relevância e maturidade que a publicidade online atingiu por aqui.
Quando analisamos quais setores mais investem em tráfego pago, vemos que os serviços ocupam posição de destaque ao lado do comércio. Historicamente, o comércio varejista sempre liderou o investimento digital (afinal, e-commerces e lojas utilizam muito anúncios), mas o setor de serviços já aparece logo em seguida.
Entre janeiro e junho de 2022, por exemplo, o comércio respondeu por cerca de 25% de toda a verba de publicidade digital no Brasil, e os serviços vieram logo atrás com 24%.. Isso significa que aproximadamente um em cada quatro reais investidos em anúncios online naquele período veio de empresas de serviços, como clínicas, escritórios, consultorias, escolas, etc.
É um percentual quase empatado com o varejo, mostrando que o marketing digital não é mais domínio exclusivo de quem vende produtos, quem vende serviços também abraçou essa forma de divulgação. Além disso, pesquisas mais recentes confirmam essa tendência: em 2024, “Serviços ao Consumidor” apareceu entre os três setores líderes em investimento digital, representando cerca de 10,9% do total, atrás apenas do comércio (20%) e seguido de perto por eletrônicos/informática (6,7%).
Vale notar que “serviços ao consumidor” aqui engloba muitos dos prestadores de serviço que estamos discutindo (saúde, educação, lazer, etc.), reforçando como esses profissionais incrementaram sua presença online.
Outro dado interessante é a expansão do número de anunciantes e do peso do digital nos orçamentos. Em 2024, pelo menos nove setores da economia brasileira destinaram mais de 50% de todo seu investimento em mídia para canais digitais.
Ou seja, mais da metade da verba publicitária de setores variados (de vestuário a educação, passando por serviços diversos) já está indo para Google, Facebook, Instagram, YouTube, etc. Isso indica um comportamento “digital-first” consolidado: as empresas planejam primeiro suas campanhas online, e só depois (se for o caso) pensam em mídia tradicional.
Para os prestadores de serviços, essa mudança é ainda mais marcante, pois muitos deles não anunciavam de forma massiva antes, agora, com o digital, até pequenos escritórios podem competir por atenção do público lado a lado com grandes anunciantes. Estima-se que plataformas como Google Ads já contam com milhões de anunciantes ativos globalmente, e o Brasil contribui significativamente para esse número com centenas de milhares de negócios locais investindo regularmente em anúncios.
No Facebook (Meta), a situação é similar: pequenas clínicas, profissionais autônomos e franquias de serviço impulsionam posts e veiculam campanhas segmentadas todas as semanas. Em resumo, os dados mostram um quadro claro: os investimentos em tráfego pago cresceram vertiginosamente em volume (de R$ 8 bi para R$ 38 bi anuais na década), em participação de mercado (de ~10% para quase 60% do bolo publicitário) e em adesão de anunciantes (com a entrada em massa de empresas de serviços).
Essa convergência de fatores explica por que hoje encontramos anúncios digitais de advogados, médicos, engenheiros, dentistas, arquitetos, consultores e tantos outros profissionais oferecendo seus serviços online, algo que seria raro ou mesmo inviável financeiramente anos atrás.
Prestadores de serviços que mais apostam no tráfego pago
Vários segmentos de serviços com ofertas complexas ou especializadas têm se destacado na adoção do tráfego pago, alavancando suas campanhas no Google e no Meta para conquistar clientes. Um exemplo emblemático é o dos advogados e escritórios de advocacia.
Tradicionalmente sujeitos a regras rígidas de publicidade pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), os profissionais do direito vinham atuando timidamente no marketing digital. Porém, mudanças recentes nas diretrizes da OAB, como o Provimento 205/2021 e um entendimento de 2023 que permitiu o uso do Google Ads pela advocacia de forma informativa e ética, abriram caminho para que advogados finalmente pudessem anunciar seus serviços.
Desde então, tem havido uma procura crescente por especialistas em tráfego pago voltado ao marketing jurídico, e não é raro vermos anúncios segmentados de advocacia (por exemplo, “advogado trabalhista em São Paulo” aparecendo no topo do Google). Jovens advogados, especialmente, apostam em anúncios no Google para se tornar visíveis nas buscas, complementando estratégias de conteúdo e presença em redes sociais profissionais.
Essa mudança de postura na área jurídica exemplifica como até setores antes reticentes estão abraçando os anúncios online.
Na área da saúde, a tendência também é notável. Clínicas médicas, dentistas, fisioterapeutas e outros profissionais de saúde perceberam que os pacientes hoje recorrem à internet para buscar informações e agendar serviços.
Uma pesquisa recente mostrou que cerca de 90% dos pacientes brasileiros pesquisam na internet sobre saúde antes de decidir por um profissional ou tratamento. Com essa demanda digital, consultórios e hospitais passaram a investir em tráfego pago para garantir que seus serviços apareçam nessas buscas.
É comum, por exemplo, vermos anúncios de planos de saúde quando alguém busca por “convênio médico” no Google, ou ainda anúncios de clínicas de odontologia segmentados por região no Facebook/Instagram. Empresas que vendem planos funerários, um serviço delicado e de nicho, também aderiram à publicidade online para alcançar famílias que estejam buscando esse tipo de proteção, já que o meio digital permite segmentar faixas etárias mais altas ou pessoas interessadas em planejamento familiar.
Corretores de seguros e de consórcios (como consórcios de automóveis e imóveis) são outros prestadores de serviço que intensificaram sua presença em tráfego pago. Dado que muitos consumidores pesquisam alternativas de financiamento e proteção financeira na web, esses profissionais investem em anúncios de busca e landing pages otimizadas para captura de leads, disputando cada clique com concorrentes em um leilão de palavras-chave altamente competitivo.
No setor de arquitetura, design de interiores e móveis planejados, onde o apelo visual e a reputação contam muito, o tráfego pago tem sido usado de forma criativa. Muitos arquitetos e designers divulgam seus projetos por meio de anúncios no Instagram e Facebook, exibindo fotos de ambientes antes e depois, alcançando públicos interessados em reforma ou decoração.
Ao mesmo tempo, investem em Google Ads para aparecer quando alguém procura “arquitetos em [sua cidade]” ou “loja de móveis planejados”. Como essas decisões de contratação geralmente começam com pesquisas inspiracionais online (no Pinterest, Instagram, Google Imagens etc.), esses profissionais entenderam que estar presentes com anúncios nesses momentos aumenta muito a chance de serem considerados pelos clientes.
Já as empresas de energia solar viveram um boom específico: nos últimos anos, com a crescente procura por painéis solares residenciais e comerciais, surgiram inúmeras integradoras de sistemas fotovoltaicos. Esse mercado rapidamente se voltou para o tráfego pago, agências especializadas em marketing para energia solar montaram estratégias para gerar leads qualificados via anúncios, educando o público sobre as vantagens econômicas e ecológicas.
Pesquisas como “instalação de energia solar” ou “painéis solares preço” passaram a mostrar anúncios de integradores solares disputando a atenção dos interessados, refletindo uma forte competição nesse nicho online.
Em resumo, praticamente todos os ramos de prestação de serviço aderiram, em maior ou menor grau, ao tráfego pago. Áreas antes discretas em propaganda, caso de engenheiros civis, contadores, consultores financeiros, professores particulares, hoje também usam Google e Meta Ads para segmentar seu público local e destacar diferenciais.
Profissionais liberais viram no marketing digital uma forma de escalar o alcance da sua reputação, indo além do círculo de conhecidos. Importante salientar que cada setor teve que adaptar a linguagem e a estratégia: um médico, por exemplo, precisa ter cuidado ético na mensagem (focando em informar, não prometer resultados); já um corretor de consórcios precisa enfatizar confiança e credibilidade; um designer de interiores aposta em elementos visuais para chamar atenção; advogados devem manter a sobriedade e autoridade no tom dos anúncios.
Mas todos compartilham um ponto: acreditam que o tráfego pago é uma alavanca poderosa para conquistar clientes em um mercado onde o primeiro contato acontece cada vez mais pela internet.
Estratégias adotadas e resultados obtidos com anúncios no Google e Meta
O sucesso dos prestadores de serviço no tráfego pago não vem por acaso, é fruto de estratégias bem delineadas e da busca constante por resultados mensuráveis. Uma das principais abordagens adotadas é a segmentação precisa do público-alvo. Diferentemente da publicidade de massa, os anúncios no Google e no Meta permitem focar em públicos muito específicos.
Prestadores de serviço costumam segmentar campanhas por localização geográfica (afinal, muitas vezes atendem a uma cidade ou região específica), por interesses e intenção de busca. Por exemplo, um escritório de advocacia tributária pode direcionar seus anúncios do Google Ads para empresários que buscam termos como “consultoria tributária SP”, enquanto no Facebook pode segmentar pessoas com cargo de direção financeira ou donos de pequenas empresas.
Essa inteligência de segmentação garante que o investimento gere leads qualificados, ou seja, contatos com alta probabilidade de se converterem em clientes. Não por acaso, pesquisas de mercado indicam que anúncios personalizados e bem segmentados trazem um forte impacto nas vendas.
Em uma pesquisa de 2024 com 300 anunciantes brasileiros, 91% afirmaram conseguir atribuir diretamente o crescimento de receita às campanhas de anúncios personalizados que estavam veiculando Esse dado impressionante demonstra que, quando um prestador de serviço consegue mostrar a mensagem certa para a pessoa certa, no momento certo, o retorno financeiro aparece de forma concreta.
Muitos profissionais relatam que, depois que passaram a anunciar online de forma consistente, seu volume de novos clientes aumentou drasticamente, impulsionando o faturamento.
Outra estratégia chave tem sido o uso combinado de Google e Meta de forma complementar. Cada plataforma traz vantagens específicas: o Google Ads captura a intenção ativa (quando alguém já procura pelo serviço), enquanto os anúncios no Facebook/Instagram geram demanda a partir de interesses e perfil do usuário (atingindo pessoas que talvez ainda não tenham pesquisado ativamente, mas têm o perfil para precisar daquele serviço).
Prestadores de serviço inteligentes integram as duas frentes. Por exemplo, uma clínica de estética pode usar Google Ads para aparecer para quem busca “clínica de estética perto de mim” (capturando quem já está decidido a agendar) e simultaneamente exibir anúncios no Instagram com antes-e-depois de procedimentos para mulheres de certa faixa etária na sua região (plantando a ideia em potenciais clientes futuras).
Essa visão omnichannel faz com que o funil de marketing seja alimentado em várias etapas, desde a descoberta até a consideração e, por fim, a conversão.
No que tange aos resultados concretos, além do aumento de clientes, muitos prestadores de serviços valorizam o custo-benefício das campanhas online. Em termos de custo, os valores ainda são acessíveis frente aos ganhos possíveis. Estimativas de mercado apontam que o custo por clique (CPC) médio no Google Ads Brasil está em torno de R$ 1,19r (variando conforme o setor e concorrência), enquanto no Facebook/Meta Ads o CPC médio gira em torno de US$ 0,43, pouco mais de dois reais.
Ou seja, com um ou dois reais é possível trazer um visitante interessado ao seu site ou perfil. Considerando que um único novo contrato (um projeto arquitetônico, um paciente fidelizado, um caso jurídico) pode valer centenas ou milhares de reais, o retorno potencial justifica largamente o investimento.
Claro que nem todos os cliques viram clientes, mas mesmo com taxas de conversão modestas, o ROI tende a ser positivo quando as campanhas estão bem configuradas. Além disso, a capacidade de mensuração das plataformas digitais auxilia na otimização contínua. Prestadores de serviço costumam acompanhar métricas como taxa de clique (CTR), custo por lead e custo por aquisição de cliente. Assim, podem descobrir que certos anúncios ou palavras-chave geram melhor retorno e direcionar mais verba a eles, enquanto pausam ou ajustam os de baixo desempenho.
Essa gestão orientada a dados tem levado a resultados notáveis: há clínicas que dobraram o número de agendamentos mensais após investir em anúncios online direcionados; escritórios de contabilidade que preenchiam sua carteira de clientes rapidamente promovendo conteúdo útil patrocinado nas redes; e profissionais autônomos que conseguiram se tornar referências em seus nichos graças à visibilidade conquistada via tráfego pago.
Por fim, um resultado intangível porém valioso é o fortalecimento de marca e presença digital. Mesmo quando um anúncio não gera clique imediato, ele cumpre um papel de exposição da marca. Um usuário pode ver reiteradas vezes a presença de um certo consultor financeiro ou de uma empresa de engenharia nas mídias sociais e, quando surgir a necessidade, lembrar daquela marca.
Essa construção de autoridade e familiaridade era muito difícil de obter para pequenos prestadores de serviço antigamente, mas com o marketing digital tornou-se viável. Hoje vemos advogados com milhares de seguidores no Instagram, médicos com canais no YouTube impulsionados por anúncios, coaches e consultores realizando webinars divulgados via Facebook Ads, tudo isso contribui para que, quando o público precise do serviço, esses profissionais sejam os primeiros a serem considerados.
Em resumo, as estratégias de segmentação inteligente, uso integrado de plataformas e otimização contínua têm feito com que o tráfego pago gere resultados expressivos para prestadores de serviços: mais clientes, maior faturamento, melhoria da eficiência do marketing e consolidação da reputação no mercado.
Conclusão
A trajetória dos últimos dez anos deixa claro que investir em tráfego pago tornou-se imperativo para prestadores de serviços que almejam crescimento e relevância no mercado brasileiro. A ascensão do Google e das plataformas da Meta como canais de publicidade transformou a forma como advogados, médicos, engenheiros, arquitetos, designers, consultores e tantos outros profissionais conquistam clientes.
O que antes dependia exclusivamente de indicações ou de estratégias tradicionais de alcance limitado, hoje pode ser potencializado com alguns cliques, mediante campanhas bem direcionadas que colocam o serviço em destaque justamente quando e onde o cliente procura.
Os dados mostraram um salto exponencial nos investimentos digitais, comprovando que quem atua na área de serviços entendeu o recado: o marketing digital não é mais opcional, é uma realidade obrigatória.
Além disso, a eficácia comprovada dos anúncios online, gerando retornos mensuráveis e crescimento de receita para a grande maioria dos anunciantes consolidou a confiança nessa estratégia.
É importante frisar que, para colher os frutos do tráfego pago, não basta “estar online” de qualquer maneira, é preciso planejamento e conhecimento das ferramentas. Aqueles prestadores de serviço que se destacaram foram os que estudaram seu público, definiram bem suas metas (seja agendamentos, formulários preenchidos, orçamentos solicitados) e calibraram suas campanhas com base em dados.
Muitas vezes, contar com apoio de especialistas ou agência de tráfego pago pode fazer diferença, especialmente para otimizar investimentos e evitar desperdícios. Tecnologias como remarketing (que permite voltar a impactar quem já demonstrou interesse) e anúncios multiformato (vídeos, carrosséis de imagens, anúncios em stories) podem elevar ainda mais os resultados quando bem utilizadas.
Em perspectiva futura, a tendência é que o domínio do digital se intensifique: projeções indicam que até 2026 cerca de 75% de toda a verba publicitária no Brasil será direcionada para meios online. Ou seja, estaremos em um ambiente em que praticamente toda comunicação de marketing relevante acontecerá nas telas dos computadores e smartphones.
Para o prestador de serviço, isso significa que estar ausente do tráfego pago equivalerá a ser invisível para grande parte dos potenciais clientes. Por outro lado, aqueles que continuam aprimorando suas estratégias de anúncios terão uma vantagem competitiva enorme, podendo segmentar públicos com precisão cirúrgica e escalar seus negócios de forma sustentada.
Concluindo, o investimento em tráfego pago no Google e no Meta pelos prestadores de serviços no Brasil não apenas cresceu, ele redefiniu as regras do jogo na captação de clientes. Trata-se de uma revolução em curso, que já provou seus benefícios e deve se manter como pilar central do marketing de serviços. Quem embarcar nessa jornada com profissionalismo e inteligência de dados certamente continuará colhendo excelentes resultados: mais visibilidade, mais clientes e mais crescimento em um mercado cada vez mais digital.