Com a incorporação de tecnologias de ponta, como sensores inteligentes, drones e análise de dados, a agricultura está colhendo bons resultados em termos de rentabilidade.
Essas ferramentas possibilitam uma gestão mais precisa dos recursos agrícolas, como água, fertilizantes e pesticidas, reduzindo desperdícios e otimizando o uso desses insumos fundamentais.
Além disso, a automação de tarefas cotidianas e o monitoramento em tempo real permitem uma tomada de decisão mais embasada, resultando em maior eficiência operacional e, como consequência, em maiores lucros para os agricultores.
Métodos inovadores, como sistemas de cultivo vertical e hidropônicos, vêm sendo adotados para maximizar a utilização do espaço disponível e diminuir a dependência das tradicionais extensões de terra agrícola.
Neste artigo, vamos explorar como essas soluções estão impulsionando a eficiência e a produtividade no setor agrícola, ao mesmo tempo em que moldam o futuro do setor.
Agricultura: quais são os principais avanços?
A automação na agricultura não é uma ideia recente e tem sido objeto de estudo há mais de duas décadas em ambientes controlados, como estufas.
Nos últimos anos, pesquisadores têm se empenhado em desenvolver colheitadeiras especializadas para culturas como tomate cereja, pepino, cogumelos e diversas outras frutas.
Na horticultura, a utilização de robôs já se mostrou promissora, com exemplos de colheita de citrinos e maçãs sendo realizados com sucesso.
A crescente adoção de tecnologia está provocando uma verdadeira revolução no setor agrícola, introduzindo inovações que têm o potencial de elevar de forma significativa a eficiência e a produtividade no campo.
Agora, vamos explorar alguns aspectos fundamentais desse avanço tecnológico em nosso site.
1. Robôs agrícolas
Esses dispositivos automatizados foram projetados para tornar as tarefas agrícolas, como plantio, colheita e pulverização de culturas, mais eficientes e precisas, reduzindo a dependência da mão de obra humana.
Uma das grandes vantagens dessas tecnologias é a capacidade de operar em terrenos acidentados e sob condições climáticas adversas, proporcionando um aumento significativo na segurança e produtividade no campo.
Em ambientes controlados, como estufas agrícolas, os robôs assumem uma função ainda mais especializada, monitorando minuciosamente as condições ambientais, como temperatura, umidade e luminosidade.
E o melhor de tudo: eles fazem ajustes automáticos para otimizar o crescimento das plantas.
A tecnologia mais recente nesse campo envolve uma “dupla dinâmica” de robôs – um terrestre e um aéreo (os famosos drones).
A ideia aqui é a troca de informações entre eles, o que cria uma cooperação perfeita. O robô terrestre carrega o drone enquanto executa suas tarefas de monitoramento programadas.
Quando se depara com obstáculos, queda de bateria ou problemas nas medições, o drone entra em ação e assume o controle.
2. Drones para monitoração
Equipados com câmeras e sensores avançados, esses dispositivos têm a capacidade de capturar imagens de altíssima qualidade e coletar dados extremamente precisos sobre o estado das plantações.
Essa tecnologia possibilita aos agricultores detectar de forma ágil e exata problemas como pragas, doenças e deficiências nutricionais em suas culturas.
O acesso a essas informações permite que os agricultores ajam com maior eficácia ao implementar medidas corretivas, resultando em uma notável redução do desperdício de recursos e um aumento significativo na produtividade de suas lavouras.
3. Investimento em Inteligência Artificial
Através da análise de extensos conjuntos de dados, a Inteligência Artificial (IA) tem o potencial de oferecer informações relacionadas ao gerenciamento de culturas, previsão de safras, otimização de recursos e auxílio na tomada de decisões.
Os algoritmos de IA têm a habilidade de identificar padrões e tendências que, muitas vezes, passariam despercebidos pelos agricultores, auxiliando-os na maximização da eficiência e produtividade em suas operações na agricultura.
4. Agricultura de precisão
A agricultura de precisão é uma prática que utiliza tecnologias avançadas, incluindo GPS, sensores e sistemas de informação geográfica, para uma gestão mais precisa das lavouras.
Através da coleta de dados detalhados, os agricultores conseguem aplicar insumos, como fertilizantes e defensivos agrícolas, de forma altamente direcionada, resultando em uma redução significativa do desperdício e dos impactos ambientais.
Além disso, a agricultura de precisão possibilita o monitoramento constante das condições do solo, do clima e do crescimento das plantas, permitindo ajustes em tempo real para otimizar os resultados e aumentar a eficiência das operações.
Esta prática representa um avanço importante no setor, alinhando a produção de alimentos com práticas mais sustentáveis e eficazes.
5. Agricultura vertical
A agricultura vertical consiste no cultivo de plantas em camadas verticais, dentro de ambientes controlados, como estufas agrícolas ou sistemas hidropônicos.
Essa técnica possibilita o cultivo de alimentos em áreas urbanas ou com recursos limitados, aproveitando ao máximo o espaço disponível e reduzindo a dependência de fatores externos, como clima e solo.
Por exemplo, as estufas podem ser ajustadas de forma a controlar a quantidade de luz e calor que atinge as plantas, atendendo às necessidades específicas de diferentes culturas.
Isso é crucial, já que algumas plantas requerem mais ou menos exposição solar do que outras.
Outra inovação importante aplicada nas estufas agrícolas é o sistema de pulverização eletrostática, que reduz em mais de 90% a quantidade de agrotóxicos normalmente utilizados na pulverização convencional.
Esse avanço não apenas contribui para a redução do impacto ambiental dos agrotóxicos, mas também torna o processo de cultivo mais sustentável. Só que, para garantir o sucesso no cultivo em estufas, a consideração da escolha da estrutura é fundamental.
Os agricultores devem realizar uma avaliação cuidadosa das diversas opções disponíveis, que incluem estruturas feitas tanto de madeira quanto de metal. E claro, não se pode negligenciar a importância do material de cobertura, especialmente a lona transparente.
6. Internet das Coisas (IoT)
Um estudo realizado pelo McKinsey Global Institute projeta que até 2025, a Internet das Coisas (IoT) terá um impacto significativo na economia global, podendo atingir até 11% do Produto Interno Bruto mundial, o equivalente a uma cifra colossal de US$ 11,1 trilhões de dólares.
Para o Brasil, as projeções apontam para um impacto econômico anual de até US$ 200 bilhões de dólares em 2025.
A IoT, abreviação para Internet das Coisas, é uma tecnologia que conecta diversos dispositivos e sensores no campo, permitindo a coleta de dados em tempo real e a automatização de processos agrícolas.
Um exemplo prático dessa aplicação é o uso de sensores de umidade do solo que podem enviar informações cruciais para sistemas de irrigação automatizados, garantindo que as plantas recebam a quantidade adequada de água.
Sobretudo, neste cenário, economias emergentes têm a possibilidade de capturar até 40% desse potencial.
Além disso, a IoT possibilita o monitoramento remoto das condições do campo, simplificando a tomada de decisões e otimizando o controle das operações na agricultura.
Conclusão
No mundo digital em que vivemos, a tecnologia está deixando sua marca em todos os setores, e a agricultura não é exceção.
Diante do aumento da população global e da urgente necessidade de produzir alimentos de maneira sustentável, o investimento em tecnologias agrícolas se tornou essencial.
Em outras palavras, isso significa que as culturas podem ser cultivadas durante todo o ano, com o auxílio de maquinaria e software especializados, sem ficar restrito às flutuações sazonais e, é claro, às influências das condições naturais.