Como curar a ressaca rápido: dicas práticas e o que evitar

Por Rafael Santos 12/09/2025 15:17 • Atualizado Há 2 horas
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Após exagerar nos drinks e se sentir mal apenas algumas horas depois, é comum desejar saber como curar a ressaca rápido. Afinal, o mal-estar por ser grande, e seu corpo precisa de cuidados especiais para voltar ao normal, já que o álcool levou seu organismo a um estado de desequilíbrio.

A ressaca é resultado de uma combinação de fatores fisiológicos causados pelo consumo excessivo de álcool. Entre os principais responsáveis está a desidratação. O álcool inibe a produção do hormônio antidiurético, levando o corpo a eliminar mais líquidos. 

Esse aumento na produção de urina impacta diretamente no funcionamento do cérebro e pode causar dor de cabeça, tontura e cansaço.

Além disso, o fígado precisa metabolizar o etanol, transformando-o em acetaldeído, uma substância tóxica que provoca náuseas, suor frio e sensação de envenenamento. 

Outro ponto importante é a irritação do trato gastrointestinal, que explica o surgimento de vômitos e desconfortos abdominais.

Ou seja, aquele exagero da noite anterior afeta seu corpo como um todo. Logo, para minimizar os efeitos da ressaca de forma mais rápida, vários cuidados são necessários. Continue a leitura e confira como aliviar os sintomas e dicas práticas para acabar com o desconforto mais rápido.

7 dicas para aliviar a ressaca mais rápido

Confira 7 dicas essenciais para combater e minimizar o mal-estar depois de exagerar no álcool.

1. Capriche na hidratação

O primeiro passo para combater a ressaca é beber bastante água. Após uma noite de consumo alcoólico, o corpo precisa repor rapidamente os líquidos perdidos. 

A ingestão de água ajuda a eliminar toxinas, restabelecer a função renal e aliviar sintomas como dor de cabeça e fadiga.

Se estiver vomitando, evite beber grandes volumes de água de uma só vez. Beba em pequenos goles, a cada 10 a 15 minutos. Alternar com água de coco ou chá de gengibre pode facilitar a aceitação do líquido pelo estômago.

2. Aposte na reposição de eletrólitos

Não basta apenas beber água. A perda de minerais como sódio, potássio e magnésio também contribui para o mal-estar da ressaca

Soluções como soro caseiro, isotônicos ou água de coco são excelentes para equilibrar os eletrólitos, reduzindo a fraqueza muscular e auxiliando o corpo a retomar o ritmo normal.

3. Alimente-se adequadamente

O ideal é optar por alimentos leves e de fácil digestão, como frutas, pães integrais, ovos cozidos e caldos nutritivos. A banana, por exemplo, é rica em potássio e ajuda a combater cãibras e fraqueza.

Por outro lado, certos tipos de alimentos podem piorar o desconforto da ressaca. Logo, evite:

  • frituras;
  • embutidos;
  • leite e derivados;
  • doces e açúcares refinados.

4. Durma mais

O álcool afeta a qualidade do sono, principalmente a fase REM, fundamental para a regeneração celular e equilíbrio emocional. 

Por isso, prolongar o descanso, dormindo mais algumas horas pela manhã ou durante o dia, acelera o processo de recuperação.

5. Tome um banho morno

Um banho morno ajuda a relaxar os músculos e ativa a circulação, promovendo bem-estar físico. Depois disso, ficar em um ambiente silencioso, com pouca luz, também contribui para aliviar os sintomas sensoriais da ressaca, como a sensibilidade ao som e à claridade.

6. Beba chás terapêuticos

Algumas ervas e raízes têm propriedades calmantes e ajudam a aliviam o mal-estar estomacal quando ingeridas em chás leves. Confira 3 opções para tomar quando a ressaca bater:

  • chá de gengibre: alivia náuseas e melhora a digestão;
  • chá de hortelã: tem efeito calmante e reduz dores de cabeça leves;
  • chá de camomila: excelente para promover relaxamento e aliviar o estômago irritado.

Essas bebidas ainda auxiliam na hidratação sem causar sobrecarga gástrica. Beba devagar ao longo do dia para aproveitar melhor os efeitos.

7. Evite estímulos intensos

Evite telas de celular, televisão e locais barulhentos. A ressaca afeta o sistema sensorial e pode tornar sons e luzes desconfortáveis. Além disso, náusea e tontura, sintomas comuns na ressaca, podem piorar em condições de muito estímulo.

Nesses casos, óculos escuros, cortinas fechadas e silêncio ajudam a acelerar a recuperação. Ficar deitado de lado, respirar profundamente e manter os olhos fechados em um ambiente escuro são atitudes simples que ajudam a controlar a sensação de vertigem.

Se os sintomas de enjoo persistirem, comprimidos antieméticos podem ser usados com prescrição e orientação médica.

O que não fazer durante a ressaca? Erros comuns 

Além disso, procure evitar erros comuns durante o período de recuperação. Apesar de popularmente conhecidos, na verdade, podem ter o efeito contrário e piorar os sintomas da ressaca. Veja o que não fazer!

Beber mais álcool

É comum ouvir que “o que te fez mal é o que te cura”, mas no caso da ressaca, esse conselho é extremamente equivocado. 

Beber mais álcool quando o corpo continua metabolizando a bebida da noite anterior só aumenta o trabalho do fígado e pode mascarar os sintomas por algumas horas, piorando-os depois.

Consumir cafeína em excesso

Apesar de dar a impressão de “acordar o corpo”, o café pode piorar sintomas como irritabilidade, insônia e desidratação. Se seu corpo estiver pedindo café (ou energéticos, por exemplo), tome sem exagero e sempre beba bastante água depois.

Treinar pesado

Atividades físicas de alta intensidade exigem um corpo hidratado, com boa reserva de energia. E não é assim que você se sente durante a ressaca, certo? 

Logo, exercitar-se nessas condições pode causar tonturas, quedas de pressão e até desmaios. Prefira caminhadas leves, se quiser se movimentar.

Mas e se, mesmo com todos os cuidados, os sintomas, principalmente os vômitos, persistirem? Nesse caso, apenas cuidados caseiros não bastam. Entenda por que.

Ressaca com vômito: quando a atenção deve ser redobrada

Nem toda ressaca causa vômitos, mas quando ocorrem persistentemente e impedem a ingestão de líquidos, pode haver risco de desidratação severa. 

Ressaca com vômito intenso, acompanhada de dor abdominal forte, tremores ou confusão mental, exige atenção médica imediata. Esses sinais podem indicar desde uma irritação gástrica acentuada até um quadro de intoxicação alcoólica.

Sinais de alerta que solicitam atenção médica

  • Vômitos que duram mais de 6 horas;
  • Presença de sangue nos vômitos;
  • Febre alta;
  • Confusão mental;
  • Desmaios ou dificuldade para andar.

Esses sintomas podem indicar alguma complicação, como pancreatite, úlcera ou intoxicação. Nesses casos, procure atendimento médico o quanto antes.

Quando a ressaca deixa de ser comum?

Se, mesmo com pouco consumo de álcool, você costuma sentir ressacas fortes e prolongadas, vale a pena investigar com um profissional. Esse pode ser um sinal de intolerância ao álcool, distúrbios metabólicos ou problemas hepáticos.

Muitas vezes, subestimamos os efeitos do álcool no corpo. Mas, quando a ressaca vem acompanhada de sinais atípicos, (alterações visuais, taquicardia, sudorese intensa ou tremores) é fundamental procurar um médico para avaliação.

O álcool não deve ser banalizado, especialmente se impacta sua saúde física e emocional com frequência.

Como se evitar a ressaca?

Para evitar ou, pelo menos, diminuir as chances de ficar de ressaca após beber, alguns cuidados simples costumam ajudar. Confira!

  • Comer bem antes de beber: alimentos ricos em gordura saudável e proteína retardam a absorção do álcool e protegem a mucosa estomacal.
  • Intercalar álcool com água: a cada dose de bebida alcoólica, tome um copo de água. Essa prática ajuda a manter a hidratação e desacelera o consumo de álcool.
  • Escolher bem as bebidas: bebidas escuras, como uísque e vinho tinto, contêm mais congêneres — substâncias produzidas durante a fermentação que intensificam a ressaca. Prefira bebidas claras como vodka, gin ou vinho branco, se for consumir.

A ressaca, apesar de comum, não precisa ser uma sentença inevitável após um momento de lazer. Cuidar do corpo com hidratação, descanso e escolhas conscientes faz toda a diferença para garantir que os efeitos do álcool não se tornem um problema de saúde. 

E mais importante ainda: reconhecer os sinais do próprio corpo e saber o momento de buscar ajuda são atitudes de responsabilidade e autocuidado. 

Beba com moderação.

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