Estamos a acerca de um ano das eleições municipais e as articulações de bastidores já começaram, praticamente, em todos os municípios da Zona da Mata Norte de Pernambuco.
Diante deste cenário, dirijo-me às lideranças políticas (prefeitos e vereadores), aos que almejam concorrer aos cargos representativos (futuros candidatos) e aos eleitores desta região do Estado Pernambucano.
Para quê serve a politica? As respostas para essa pergunta são muitas e podem variar de acordo com as circunstâncias e contextos históricos. Todavia, Norberto Bobbio, um dos mais renomados politólogos do século XX, entendia a política como uma atividade cujo fim mínimo é a organização e o aperfeiçoamento da sociedade.
Essa conceituação do termo “política” formulada por Bobbio deveria servir, para cada um de nós, lideranças políticas e cidadãos dos municípios localizados na Zona da Mata Norte de Pernambuco, como chave hermenêutica para refletirmos sobre a atividade política institucionalizada em nossas respectivas cidades.
Sugiro que poderíamos pensar a política em nossos municípios a partir de um questionamento: os representantes do poder político da cidade onde moramos (prefeitos e vereadores) vêm atuando com o intuito de conduzir, organizar e desenvolver bons projetos em nossos municípios, elevando a sociedade civil a um patamar que almejamos? Pensemos nisto…
O pano de fundo para o questionamento acima se fundamenta na necessidade que têm, os municípios da Zona da Mata Norte de Pernambuco, de lideranças políticas comprometidas com projetos viáveis que possam melhorar, cada vez mais, a realidade material das cidades que integram essa região do Estado.
São de lideranças políticas com essa mentalidade que nossos municípios precisam ter nos poderes executivos e legislativos. Homens públicos que tenham a capacidade de pôr a mão no Leme da História a fim de conduzir nossas cidades a um estágio que nos façam crer na política como instrumento ou mecanismo de transformação social.
As lideranças políticas que ocupam cargos representativos nos municípios da Zona da Mata Norte de Pernambuco precisam enxergar a atividade que exercem não como projeto de poder particular, mas como oportunidade concedida por nós, eleitores, de contribuir com o progresso da sociedade civil.
Nós, cidadãos que habitamos em municípios desta região do Estado, precisamos enxergar a política não como atividade assistencialista, mas como atividade por meio da qual construiremos uma sociedade menos desigual, com oportunidades para todos, ou seja, num lugar melhor para nós, e, para as futuras gerações.
As mudanças e melhorias que almejamos em nossos respectivos municípios só acontecerão na medida em que cada um de nós – prefeitos, vereadores e eleitores – cumprirmos nossos respectivos deveres. É um trabalho coletivo que exige comprometimento e dedicação das partes envolvidas neste processo.
Luciano Cruz