Temer reduz salário mínimo, vende pré-sal e faz no Brasil um eterno Dia das Bruxas, diz Humberto

Por Rafael Santos 31/10/2017 16:49 • Atualizado 31/10/2017
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O Dia das Bruxas é uma data festiva comemorada em vários países do mundo há séculos, principalmente nos Estados Unidos. No Brasil, porém, desde que Michel Temer (PMDB) assumiu a Presidência, a população vive um pesadelo diário que parece não ter fim. Esta é a avaliação do líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE), que reforçou as críticas ao desmonte do Estado promovido pelo governo e aos ataques ininterruptos dirigidos aos mais pobres e desfavorecidos.

Em discurso nesta terça-feira (31) no Senado, data do Halloween, Humberto ressaltou que o Palácio do Planalto reduziu, outra vez, o salário mínimo para o ano que vem.

Inicialmente, a previsão era de que passasse para R$ 979 em 2018. Porém, foi rebaixado para R$ 969 em agosto. Ontem, baixou de novo, desta vez para R$ 965.

“Há 14 milhões de brasileiros sem emprego, a economia está parada, as contas públicas alargando o déficit e esse facínora manda para os mais pobres a fatura de todo o seu descalabro. Com essa gestão de Temer, o Dia das Bruxas é todos os dias, porque não há um dia sequer em que não tenhamos uma notícia dantesca, um novo cenário de terror armado por essa camarilha”, disparou.

O senador ressaltou que, na sexta-feira passada, o governo realizou dois leilões para entregar a exploração de campos do pré-sal ao capital estrangeiro por “míseros” R$ 7,7 bilhões, mas nem isso conseguiu. O petróleo brasileiro localizado em área rica e estratégica da costa foi vendido por somente R$ 6,5 bilhões.

Como se não bastasse o prejuízo inicial, ele ficou abismado ao saber de um estudo feito pela Consultoria de Orçamento da própria Câmara, divulgado hoje, que atesta que não houve apenas o estrago direto.

“Além da redução do retorno na exploração do petróleo em relação à disputa do campo de Libra, havida na gestão da presidenta Dilma, esse governo nefasto está reduzindo imposto para as petrolíferas até o ano de 2040, o que vai gerar uma renúncia fiscal de mais de R$ 1 trilhão nos próximos 25 anos”, criticou.

De acordo com o parlamentar, todo o montante perdido deveria ser investido em saúde e educação, como a presidenta Dilma fez constar em lei, mas, agora, Temer “rouba” do povo brasileiro para abastecer regiamente os cofres das empresas estrangeiras, que fazem fortunas com as nossas riquezas e mandam tudo para o exterior.

“É um presidente entreguista, que se curva aos interesses das elites, dos ruralistas, dos grandes empresários, aos quais vende a Amazônia, perdoa dívidas bilionárias e permite escravizar seres humanos em troca de restar no cargo que usurpou”, acusou.

Além disso, Humberto acredita que o governo dá as costas para os 22% da população de pobres, que devolveu o Brasil ao mapa da fome, e que assiste inerte à escalada da violência, que, a cada hora, vitima sete brasileiros.

“Felizmente, no ano que vem, Lula estará de volta, pela força do voto dos brasileiros, para retomar esse projeto de país que nos foi covardemente roubado pelos que querem entregar o país ao capital estrangeiro. Não conseguirão”, concluiu.

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