Pernambuco: Casos de tuberculose aumentam 9% entre 2015 e 2018

Por Rafael Santos 22/03/2019 12:04 • Atualizado 22/03/2019
Compartilhe

No próximo domingo (24) é celebrado o Dia Mundial de Luta Contra a Tuberculose, doença infecciosa de alta transmissibilidade que afeta, principalmente, os pulmões. Em Pernambuco, em 2018, foram confirmados 5.026 casos da doença, um aumento de 9% quando comparado com os dados de 2015 (4.599). De acordo com o Programa Estadual de Controle da Tuberculose da Secretaria Estadual de Saúde (SES), o Estado vem reforçando a importância da prevenção e da detecção da doença com os municípios, além de realizar, periodicamente, cursos de manejo clínico dos pacientes para os profissionais de saúde.  “Com o diagnóstico precoce, pode ser diminuído o tempo que o paciente continua transmitindo a doença, quebrando a cadeia de transmissão”, afirma a coordenadora do Programa, Cândida Ribeiro.

Para 2019, o Estado pretende intensificar o assessoramento técnico para cinco municípios prioritários: Recife, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista e Abreu e Lima. Além do monitoramento constante das ocorrências e capacitações em unidades de saúde, o Programa Estadual irá auxiliar, quando necessário, na busca ativa de casos (sintomáticos respiratórios) e de pacientes que possam ter abandonado o tratamento; no acompanhamento de pacientes com coinfecção tuberculose/HIV ou casos especiais, como os com intolerância medicamentosa; na realização de mobilização social e de atividades educativas com populações susceptíveis.

O QUE É: A tuberculose é uma doença causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch. Ela afeta, principalmente, os pulmões e é transmitida por vias aéreas, pela fala, tosse ou espirro da pessoa com a doença ativa no organismo. Tosse por mais de três semanas, que pode ser acompanhada por febre vespertina, sudorese noturna, emagrecimento e cansaço/fadiga, pode ser um indicativo da enfermidade. O diagnóstico é feito nos postos de saúde por meio de exames bacteriológicos, principalmente a baciloscopia, conhecida como exame do escarro.

Diagnóstico concluído, o próprio posto de saúde passa a disponibilizar, gratuitamente, as medicações que formam o esquema básico, formado por quatro fármacos: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol. Esse tratamento dura seis meses. “Seguindo corretamente as orientações da equipe de saúde, o paciente pode deixar de transmitir a doença com 15 dias”, reforça Cândida Ribeiro.

PREVENÇÃO: A principal maneira de prevenir a tuberculose em crianças é com a vacina BCG (Bacillus Calmette-Guérin), ofertada gratuitamente no SUS (nas unidades básicas de saúde e maternidades). Essa vacina protege a criança das formas mais graves da doença, como a tuberculose miliar e a meníngea, e deve ser dada ao nascer, ou, no máximo, antes de completarem 5 anos de idade (até 04 anos, 11 meses e 29 dias).

Outra maneira de prevenir a doença é a avaliação de contatos de pessoas com tuberculose, que permite identificar a infecção latente pelo Mycobacterium tuberculosis. Isso possibilita prevenir o desenvolvimento de tuberculose ativa. Em outras situações específicas, pessoas que são diagnosticadas com a infecção latente da tuberculose também têm indicação de receber tratamento para prevenir o adoecimento. Neste caso, é necessário procurar uma unidade de saúde para avaliação.

DADOS – PE

CASOS DE TUBERCULOSE
2015 – 4.599
2016 – 4.577
2017 – 4.985
2018 – 5.026

ÓBITOS – TUBERCULOSE
2015 – 423
2016 – 398
2017 – 435

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Mais do Giro Mata Norte