Paulo Petribu é declarado patrono do Agronegócio Pernambucano

Por Rafael Santos 23/07/2020 15:12 • Atualizado 23/07/2020
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O industrial, Paulo Pessoa Cavalcanti de Petribu, foi declarado como patrono do Agronegócio do Estado de Pernambuco, através de um projeto de lei, de autoria do deputado estadual, Henrique Filho (PL). A aprovação do projeto foi publicada, no Diário Oficial do Estado, na última terça (21).

Paulo Pessoa Cavalcanti de Petribú transformou a usina da família numa das maiores produtoras do setor sucroalcooleiro do Estado, além de ter ampliado os negócios adquirindo outras unidades produtoras em várias partes do país. A Usina Petribú começou como engenho em 1729. Mas sua fundação ocorreu em 1910, por João Cavalcanti Petribú, que transformou em usina o antigo engenho banguê após adquiri-lo. João Cavalcanti Petribú entregou a direção da usina aos seus filhos mais velhos e foi morar no palacete de Santa Cruz, atualmente localizado dentro da cidade de Carpina. Em 1929, a usina possuía cinco propriedades agrícolas e capacidade para esmagar 420 toneladas de cana em 22 horas. Sua via férrea tinha 32 quilômetros, possuía três locomotivas e 92 vagões. O transporte da cana-de-açúcar e do combustível era feito por tração animal (carros-de-boi), caminhões e via férrea própria e o açúcar e o álcool eram transportados para o Recife pela Great Western. Em 1953, Paulo Petribú, seu filho, assumiu integralmente a empresa e tornou-a uma das maiores da América Latina.

Paulo Petribú foi um grande empreendedor, uma presença marcante na economia estadual, foi um dos nomes de destaque de uma geração de empresários pernambucanos que expandiu seus negócios pra além das fronteiras do nosso Estado. Além da reconhecida capacidade empresarial, o cidadão Paulo Petribú sempre esteve preocupado com o lado social, tanto que seus empreendimentos sempre foram modelo na questão de capacitação dos funcionários e dos filhos dos funcionários. Ele investia em responsabilidade social quando ainda não existia esse método de alcance cidadão. Embora o setor de açúcar e álcool sempre é lembrado pela imensidão territorial em área plantada, o empresário foi pioneiro nas questões ligadas ao meio-ambiente, criando reservas ambientais, com áreas de proteção permanente.

Consagra-lo como Patrono do Agronegócio de Pernambuco é um ato de reconhecimento a um homem que tanto investiu em Pernambuco e contribuiu para o desenvolvimento do Estado. Tinha em entre tantas características a garra, a competência e a fidelidade que tinha a força de trabalho. Ergueu um pool de empresas forjado na ética e honestidade e exemplo de tenacidade.

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