A definição dos responsáveis pelos custos de operação da Transposição do Rio São Francisco voltou a ser cobrada pelo deputado Antônio Moraes (PP), na Reunião Plenária desta terça (8). Segundo relatório da Controladoria Geral da União (CGU), divulgado no mês passado, entre essas despesas está a energia elétrica para o bombeamento da água do Rio São Francisco, que pode chegar a cerca de R$ 800 milhões por ano.
“O relatório mostra tudo o que temíamos: estão fazendo uma obra que já custou R$ 9 bilhões sem se preocupar com quem vai pagar pelo uso”, considerou o parlamentar. “Para se ter uma ideia, o consumo de cada subestação elétrica da transposição é o mesmo de toda cidade de Caruaru”, ressaltou Moraes.
“Nem o Ministério da Integração nems os governos estaduais que vão receber a água da transposição manifestam intenção de pagar essa conta de R$ 800 milhões”, apontou o deputado. Segundo o relatório da CGU, o repasse dos custos da transposição pode representar aumentos entre 5% e 21% na conta de água, considerando os cenários otimista e pessimista, respectivamente. “É preciso que essa conta seja partilhada entre o Governo Federal e os Estados, senão ela vai ser paga por todos os nordestinos”, afirmou.