As ações do Governo de Pernambuco direcionadas ao enfrentamento à violência, bem como declarações recentes de secretários estaduais sobre o tema, receberam críticas do deputado Álvaro Porto (PSD). Em pronunciamento no Grande Expediente desta quarta (2), o parlamentar lamentou os 2.875 homicídios registrados no Estado no primeiro semestre deste ano e destacou que o número é o maior verificado em Pernambuco desde 2007.

Diante do crescimento dos registros, Porto questionou os investimentos na área de segurança pública, os quais vêm sendo anunciados pela gestão estadual. “Se recursos estão sendo empregados, frotas de viaturas renovadas e contratações feitas, como afirmam os palacianos, o Governo precisa explicar por que o Estado voltou a apresentar índices de criminalidade de uma década atrás?”, questionou o parlamentar, cobrando a revisão de políticas que ele considerou “fracassadas”.

O deputado comentou, ainda, as declarações públicas feitas pelos secretários estaduais de Planejamento e Gestão e de Defesa Social, Márcio Stefani e Antônio de Pádua, respectivamente, que teriam afirmado sentirem-se seguros no Estado. “Além do pavor que a violência tem trazido à população, a maneira como o Governo tem se posicionado diante dela impressiona e revolta Pernambuco”, pontuou.

Os deputados Joel da Harpa (PTN), Priscila Krause (DEM) e Sílvio Costa Filho (PRB) apoiaram, em apartes, o entendimento de Porto. “Os secretários sentem-se seguros porque estão cercados por seguranças pagos pelos pernambucanos”, criticou Joel da Harpa. “O problema da segurança pública em Pernambuco não é dinheiro, porque vemos que estão investindo. A dificuldade é de gestão”, emendou Krause. “O Estado já passou por inúmeras crises, mas a violência em Pernambuco nunca atingiu as proporções atuais”, concluiu Costa Filho.