Feplana espera a padronização da estocagem do etanol importado

Pleito foi reivindicado ontem pelo setor sucroenergético na reunião com o ministro de MNE, Fernando Filho. A regulamentação do Renovabio e a continuidade da taxação do etanol importado também foram tratados.

Por Rafael Santos 21/02/2018 09:36 • Atualizado 21/02/2018
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A partir desta quarta-feira (21), a Agência Nacional do Petróleo (ANP), órgão ligado ao Ministério de Minas e Energia (MME), pode publicar uma resolução onde define a obrigatoriedade para que os importadores de combustível também estoquem de 8% a 25% do etanol anidro, como já acontece com o combustível nacional. Este é o pleito e a expectativa da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana) diante da informação que recebeu de fontes ligadas ao MME. A entidade conduziu ontem a reunião das entidades do segmento sucroenergético do Brasil com o ministro da pasta, Fernando Filho, em seu gabinete em Brasília.

O ministro ouviu cobranças do setor sucroenergético para que haja a padronização urgente desta questão, a fim de evitar o prejudicado sobre as usinas de etanol brasileiro, como foi exposto pelo presidente (André Rocha) e o vice-presidente (Renato Cunha) do Fórum Sucroenergético Nacional, entidade que representam todas usinas no território brasileiro.

Na ocasião, os segmentos dos produtores de cana e industriais do setor, representados pela Feplana, União Nordestina de Plantadores de Cana,Organização dos Plantadores do Centro-Sul, Fórum Sucroenergético Nacional, União da Indústrias de Cana de Açúcar e outros, realizaram mais dois pleitos em defesa de toda cadeia produtiva do etanol do país. O Programa Nacional de Biocombustíveis, já posto em lei, mas que falta a sua regulamentação; e a manutenção da taxação do etanol importado.

“O ministro nos revelou que o processo de regulamentação deve iniciar rápido, através da publicação de um decreto onde defina os ministérios e órgãos responsáveis por este processo”, fala Alexandre Andrade Lima, presidente da Feplana. A entidade e todas outras presentes na reunião defenderam que este processo da regulamentação do Renovabio seja coordenado pela MME. As entidades lembram que foi a pasta, sobre a então liderança de Fernando Filho, que criou este Programa e o lançou ainda no ano de 2016, a fim de expandir a produção de biocombustíveis do Brasil, baseada na previsibilidade, na sustentabilidade ambiental, econômica e social, e ainda compatível com o crescimento do mercado.

Neste viés de garantir sustentabilidade da produção nacional, medidas como a continuidade da taxação do etanol importado foram defendidas pelo setor sucroenergético ao ministro da MME, a fim de evitar que o Renovabio não favoreça a produção nacional e sim o que entra no país. O assunto inclusive será debatido hoje pelo setor durante encontro promovido pela Secretaria de Relações Internacionais em conjunto com a Secretaria de Política Agrícola, ambas do Ministério de Agricultura. Apesar de poucos meses do restabelecimento da taxação, o Mapa tem insistido que é preciso analisar os resultados da questão”, critica Lima.

Prêmio e Posse

No dia 20 de março, a Feplana, que representa 60 mil fornecedores em todo o Brasil, promove seu evento anual da Honra ao Mérito Canavieiro, durante Assembleia Geral da entidade. A atividade sempre homenageia uma liderança política ou do segmento por serviços prestados ao setor.No ano passado, o ganhador do prêmio foi o deputado Arnaldo Jardim.

“O ministro Fernando será nosso agraciado de 2018 por sua dedicação em construir uma plataforma para a consolidação dos biocombustíveis”, diz Lima. O dirigente reforçou o convite ao ministro ontem à noite, durante a posse da deputada federal Teresa Cristina como presidente da Frente Parlamentar da Agricultura. O evento contou com o ministro do MME, que ratificou sua presença no evento da Feplana no dia 20/03.

Além do líder da MME, outros vários ministros, como Mendonça Filho, da Educação, também prestigiaram a posse da nova presidente da FPA. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, também participou, entre outras autoridades, a exemplo do ex-ministro das Cidades, Bruno Araújo

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