Polícia Civil apresenta detalhes da Operação Caça Fantasma

Por Rafael Santos 28/11/2016 12:26 • Atualizado 28/11/2016
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tota-barretoPreso preventivamente na Operação Caça Fantasma, da Polícia Civil, o vereador reeleito em Carpina Tota Barreto (PSB) é acusado de liderar um esquema para conseguir empréstimos consignados fraudulentos através de funcionários fantasmas na Câmara local. As investigações apontaram que o crime ocorria desde 2013, quando o socialista foi presidente da Casa. A polícia apresentou os detalhes sobre o caso nesta segunda-feira (28).

Segundo a polícia, o parlamentar era responsável pelas nomeações e por definir a margem de crédito para os empréstimos consignados, se apropriando depois dos salários e dos valores dos empréstimos. Foi identificado que há um servidor fantasma diretamente ligado ao vereador. A polícia apontou ainda que Tota Barreto tentou obstruir as investigações ao induzir depoimentos e oferecer serviços advocatícios.

O filho do vereador, André Barreto, foi levado coercitivamente para prestar depoimento. A polícia suspeita que ele abordava os investigados.

Além do ex-presidente da Câmara, foram presas oito pessoas, cumprindo seis mandados de prisão preventiva e três de temporária.

Uma das pessoas que estão presas preventivamente – isto é, sem prazo para ser liberada – foi a tesoureira da Câmara no período em que o socialista foi presidente da Casa, Rúbia Correia de Souza, que atualmente está lotada no gabinete dele e também seria responsável por induzir depoimentos no caso de obstrução das investigações. De acordo com a polícia, ela cooptava e recolhia documentos dos servidores fantasmas e ainda desviava parte do próprio salário para Tota Barreto e para pagar a outras pessoas.

Outras duas pessoas são apontadas como tesoureiras da organização: Marluce Gomes da Silva, a Lucinha, ex-diretora de gabinete na Câmara e atualmente também trabalhando com Tota Barreto, e o cunhado do vereador, José Wellington Galdino Ferreira, conhecido como Ninho.

Além dos outros crimes, Ninho é acusado de Linwandenberg da Silva, um dos servidores fantasmas que era, só no papel, diretor financeiro da Câmara no período em que Tota Barreto foi presidente da Casa. Arnaldo Cavalcanti da Silva, oficialmente diretor de gabinete em 2013, era o outro servidor fantasma considerado pela polícia como conivente com a organização.

O último preso preventivamente foi Alexandre Jorge Amorim, conhecido como Popó, nomeado secretário Legislativo da Câmara em 2013.

Os três presos temporariamente foram: Fátima Maria Cardoso de Brito Alves Belo, conhecida como Fafá, nomeada nomeada em 2013 e 2014 como secretária Legislativa da Câmara e atualmente servidora fantasma; Brendon Cesar Moura da Mota, namorado da filha do vereador e lotado no gabinete dele; e Lucinha.

A apuração do caso começou a partir da falsificação de um contrato de crédito consignado que apontou a existência da organização acusada de estelionatos, falsificação ideológica, peculato desvio (quando o funcionário público não usa o objeto para o fim correto) e peculato apropriação (quando o servidor se apropria desse objeto).

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