Em Carpina, Democracia não pode ser usurpada, afirma Lula

Por Rafael Santos 13/07/2016 10:02 • Atualizado 13/07/2016
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Foto: Anderson Stevens/Folha de Pernambuco

Foto: Anderson Stevens/Folha de Pernambuco

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (12), em Carpina, que a democracia não pode ser “usurpada por meia dúzia de pessoas” e reforçou que a saída de Dilma Rousseff da presidência não passa de um “golpe”.

“Quando cassaram Dilma, cassaram 54 milhões de votos. Cassaram tudo o que os trabalhadores conquistaram com tanta luta”, declarou.

Durante sua fala, na reunião do conselho deliberativo da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado Pernambuco (Fetape), Lula ainda criticou a atuação do presidente interino, Michel Temer.

“Eu achava que minha eleição era uma missão. Aliás, o Temer podia aprender comigo. Perdi as eleições em 89, 94, 98. Vocês me ouviram falar em golpe? Temer é advogado, constitucionalista e sabe que para ocupar a cadeira da presidência tem que ganhar as eleições”, disparou.

No encontro, que fez parte da agenda do petista em Pernambuco, o ex-presidente voltou a fazer críticas contra a imprensa.

“Eu nunca fiz mal à imprensa, mas historicamente eles nunca gostaram de mim. Democracia para eles só era boa quando a gente ficava na frente deles batendo palmas. Quando eles descobriram que a gente sabe fazer outras coisas além de bater palmas, eles passaram a não gostar mais de democracia”, afirmou.

“Eles acham que nasci para ter medo da imprensa. Não sabem que alguém que nasce em Garanhuns e não morre até os cinco anos de idade, vai demorar”, completou Lula, que assim como na Bahia, ressaltou que “os pobres serão a solução para a crise econômica do País”.

“Falavam que o Lula não poderia ser um bom presidente, porque eu não falava espanhol nem inglês. Mas eu falava a linguagem do trabalhador, de quem constrói de verdade esse País. Quem duvidava que o Brasil tinha jeito, venha conhecer o Nordeste. Só tem sentido governar se for para ser igual a uma mãe. Pode ter o filho mais bonito do mundo. Mas é do mais frágil que ela vai cuidar primeiro”, acrescentou o petista, que disse que não desistirá de lutar pelo Brasil.

“Estou com 70 de idade, cabeça de 40, a saúde de 30 e a esperança de 20. A gente quer ser feliz e construir este País. E nessa luta eu estou junto com vocês”, finalizou.

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