Coronavírus: Pernambuco investiga seis novos óbitos por síndromes respiratórias

Por Rafael Santos 28/03/2020 12:16 • Atualizado 28/03/2020
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Nos últimos dias, Pernambuco registrou alguns óbitos em decorrência de síndromes respiratórias graves. A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) está recomendando que em todos os óbitos que tiverem essa característica deve ser colhida amostra para análise viral.

“As orientações foram dadas para todos os serviços, incluindo o IML. Há situações em que a Srag (Síndrome Respiratória Aguda Grave) evolui rapidamente para o óbito, alguns sequer chegam ao hospital, outros chegam à UPA, mas não têm tempo de diagnosticar”, destacou o secretário de Saúde do Estado, André Longo.

Segundo ele, seis novos óbitos foram registados no Estado nas últimas 24 horas com características Srag. As amostras biológicas coletadas dessas pessoas são prioridade para o teste da Covid-19.

“Ressalto a importância de não colocar a síndrome viral no atestado de óbito sem confirmação, para não criar confusão. E é obrigatória a coleta de amostra para que a gente faça 100% de investigação desses casos. Seis óbitos de Srag estão em investigação. Temos procurado priorizar esses diagnósticos. Certamente, esses testes estão sendo feitos hoje (sexta). Ontem (quinta), um desses casos foi o caso que estamos apresentando hoje – o óbito de um homem de 82 anos. Um caso que foi atendido e não deu tempo de sair o diagnóstico antes do falecimento”, explicou Longo, alertando outras síndromes gripais também podem levar a esse quadro.

Velórios
Os casos confirmados ou suspeitos de morte em decorrência da Covid-19 deve seguir uma norma técnica para sepultamento. Segundo Longo, os procedimentos com o corpo devem ser encurtados e não é recomendada a realização de velórios. “Os velórios dos casos normais, que não são suspeitos, estão restritos pelo decreto de aglomerações (estão proibidas reuniões acima de dez pessoas). Em relação aos casos de Srag, não deve haver velório, partindo direto para sepultamento ou cremação. Houve uma reunião com IML, serviço de verificação de óbito e funerárias para expor a norma técnica”, explicou o gestor.

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