Goiana enaltece cultura indígena na 11ª edição da Mostra de Música Leão do Norte

Projeto do Sesc oferece programação com atividades culturais e musicais, além de fomentar a cultural indígena e local. Evento é aberto ao público de todas as idades

Por Rafael Santos 29/09/2019 11:48 • Atualizado 29/09/2019
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De 30 de setembro a 5 de outubro, o município de Goiana recebe a 11ª edição da Mostra de Música Leão do Norte. Realizado pela pelo Sesc e com o tema “Música dos Povos originários: antigas e novas sonoridades”, o evento homenageia o Maestro Duda, filho da terra que também é berço da tradição das centenárias bandas de música Curica e Saboeira. A mostra traz artistas indígenas e locais, além de oferecer uma série de atividades que inclui apresentações e debates, concertos, performances e portfólio, entre outros. Também vai haver a exposição “Fotosonoridades”, em que será mostrada uma breve história visual e afetiva de momentos e personalidades que passaram pela mostra. Toda a programação é gratuita e faz parte da Rede Sesc de Mostras de Música.

Durante a semana da programação, a agenda ainda contará com oficinas, feira de artesanato nos cinco primeiros dias, além de seminário sempre com mediação da poeta e musicista Márcia Kambeba e da liderança indígena Cláudia Truká, iniciando às 14h. Na segunda-feira (30/09), às 17h, no Sesc Ler Goiana, as bandas de música Curica e Saboeira abrem a festividade homenageando o Mestre Duda. Às 19h, haverá a abertura dos concertos da noite, com o duo Juliano Holanda e Gean Ramos, também na unidade. A apresentação dos portfólios dos músicos Neto Sales e Mônica Maria encerra o dia de atividades, às 21h, no Ateliê Valcira Santiago.

No dia seguinte, terça-feira (01/10), às 14h, o Centro Cultural do Sesc Ler Goiana oferece o seminário “Processos Composicionais da Música Brasileira”. O debate terá como palestrantes Davi Borges, Sérgio Gwiri e Sandro Guimarães, que vão abordar a temática “música indígena, referências, diversidade e patrimônio cultural”.  Às 17h, a unidade contará com apresentações musicais dos estudantes do 8° ano da escola do Sesc em Goiana e das artistas Ezter Liu e Joana Terra, que vão fazer a performance Pancada de Vento, uma mistura de música e poesia. À noite, a unidade inicia a programação central dos grupos criadores com os concertos de Mônica Maria e de Neto Sales, às 19h. Os músicos Sérgio Amaral e João Euzé expõem seus trabalhos no Ateliê Valcira Santiago, às 21h.

 Na quarta-feira (02/10), a “música indígena, redes, conexões e produção independente” é o tema do seminário, com Juliano Holanda, Gean Ramos e Miguel Bittencourt. A unidade também recebe a apresentação do Cavalo Marinho Boi Brasileiro às 17h e os concertos musicais dos músicos Sérgio Amaral e João Euzé, às 19h. O grupo Álgebra Trio e a musicista Chris Mendes conversam sobre os seus respectivos trabalhos, às 21h no Ateliê Valcira Santiago.

No dia 3 de outubro, o seminário fica por conta de Zinho Alafaia e Mestra Judeci, que vão discutir sobre as “sonoridades e influências dos Povos Originários”. A Praça de Eventos da unidade terá apresentação do Pastoril Viver e a performance Chã de Fogo, com Philippe Wollney e Enoo Miranda, a partir das 17h. O grupo Álgebra Trio e Chris Mendes assumem os concertos do dia, às 19h, enquanto Orlando Melo e Olívia Fancello conversam sobre seus trabalhos musicais no Ateliê Valcira Santiago, às 21h.

As atividades, na sexta-feira (04/10), começam com apresentação do Maracatu Coração Nazareno, da Associação das Mulheres de Nazaré da Mata (Amunam), na Praça de Eventos do Sesc Ler Goiana, às 17h. Os concertos ficam por conta de Orlando Melo e Olívia Fancello, às 19h. A poeta e musicista Márcia Kambeba larga a mediação dos debates para se apresentar ao lado de convidados, às 21h.

No sábado (05/10) e último dia da programação, a mostra será no Engenho Massaranduba do Norte – Reserva Ecológica de Aparauá. Às 9h, ocorre o II Encontro de Culturas Indígenas de Pernamabuco com os grupos indígenas Kapínawá, Tuxá, Fulni-Ô, Pankararu e Xukuru. À tarde, é a vez do Encontro Sonoras Tradições com os grupos Pretinhas do Congo e União 7 Flexas, além da Tribo de Índios Águia Negra, às 15h.

“O objetivo é promover uma troca de conhecimentos entre os músicos locais e de regiões nas quais o Sesc atua em Pernambuco. Assim, ao longo de uma semana, artistas de várias vertentes vão contribuir para a reflexão sobre os sistemas de produção e difusão musical”, comenta a coordenadora do projeto, Sônia Guimarães.

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