Sport erra muito e deixa a Sul-Americana de forma melancólica

Por Andrison Freire 01/10/2015 11:49 • Atualizado 01/10/2015
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Com muitas falhas no sistema defensivo o Sport não foi páreo para o Huracán e deu adeus à Copa Sul-Americana de forma melancólica. Os rubro-negros perderam por 3×0 na noite desta quarta-feira (30), no El Palácio, em Buenos Aires e agora voltam as atenções exclusivamente para o Campeonato Brasileiro. O time até esboçou um jogo de igual para igual nos primeiros 20 minutos do primeiro tempo. Mas os erros afloraram no segundo. Se o Huracán tivesse forçado demais conseguiria uma goleada histórica.

A apresentação rendeu a pior derrota dos rubro-negros na temporada 2015. Até então, os maiores revezes haviam sido com dois gols de diferença: 2×0 para a Chapecoense e 3×1 para o Santos, ambos pela Copa do Brasil.

Ainda em busca de uma formação ideal, o técnico Falcão desta vez resolveu ganhar o meio de campo sacando Maikon Leite para acionar Wendel. Marlone continuou no meio com Diego Souza e Régis. Quem pareceu ter sentido mais, e negativamente, foi o centroavante André. Mesmo com um monte de gente no meio, o camisa 28 não encontrou o posicionamento ideal e deixou de dar sequência em várias jogadas.

O lado bom do novo sistema de jogo foi a marcação no meio. Wendel e Rithely não permitiram as investidas de Montenegro e Toranzo. Aos 11 minutos, Marlone aproveitou corte errado de Toranzo e chutou em cima de Diáz, que, digas-se de passagem, saiu muito bem do gol. O problema ficou para as duas laterais, principalmente a esquerda. Mesmo com Régis tentando ajudar, Renê levou a pior com as descidas de Espinoza pelo setor. E foi ele que tocou para Montenegro chutar em cima de Matheus Ferraz e, ainda assim, a bola passar raspando a trave.

Bem pelo lado do campo e com a marcação mais encurtada nos volantes leoninos, o Huracán só não levou mais perigo porque optava pelo jogo por cima, obviamente na tentativa de aproveitar a estatura de Abila. Havia espaço para contra-atacar mas os erros de passe na transição e posicionamento recuado demais de André atrapalharam.

Na volta para o segundo tempo duas falhas de cobertura acabaram com as pretensões do time pernambucano. Aos dois minutos, depois de uma cobrança de falta no setor ofensivo, Espinoza puxou o contra-ataque e cruzou por cima de Renê. A bola encontrou Abila com tempo de dominar e chutar rasteiro, na saída de Danilo Fernandes. Apenas seis minutos depois, Durval cortou um cruzamento e a segunda bola ficou com Bogado. Ele emendou uma bomba no canto direito.

O desespero do prejuízo levou o técnico rubro-negro ir para o tudo ou nada, com Maikon Leite no lugar de Régis e Élber no posto de Rithely. Marlone recuou para não deixar o meio muito exposto. Ofensivamente o Sport até teve duas boas chances de marcar. Na primeira Nervo falhou e André, sozinho, chutou o vento. O mesmo vento levou outro chute de Renê, após Élber deixá-lo de frente para o goleiro.

O buraco deixado no meio de campo pernambucano fez falta aos 27 quando Espinoza cruzou da linha de fundo e Ábila cabecear para baixo. Danilo deu rebote e Ábila aproveitou para completar e fazer 3×0. Com mais 20 minutos pela frente o objetivo passou a evitar sair da Argentina com uma goleada histórica, agravado pela expulsão de Ferrugem, um minuto depois. Por isso, Ewerton Páscoa entrou no lugar de Diego Souza.

O Huracán manteve a marcação adiantada e só não conseguiu mais gols porque pecou em vários momentos no passe final, já que seu adversário estava completamente em parafuso. Aos 42 foi a vez de Wendel levar o vermelho por uma cotovelada em Ábila.spo_huracan_770

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