“Eu sempre achei essa tese dos sindicatos sem pé e nem cabeça”, afirma procurador geral do MPC sobre os precatórios de Fundef

Por Giro 17/10/2017 18:00 • Atualizado 17/10/2017
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Em encontro da Undime-PE (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação) realizado na manhã desta terça-feira (17), na sede da Amupe, Cristiano Pimentel, procurador geral do Ministério Público de Contas do Estado falou da polêmica que está envolvendo os recursos dos precatórios do Fundef, o famoso Fundão da Educação. Com a presença de diversos secretários municipais de Educação, entre eles, a secretária de Vicência, Eliane Silveira, o procurador tirou diversas dúvidas sobre a aplicação do dinheiro. O secretário de finanças, João Costa também esteve acompanhando o evento.

Escute alguns trechos da fala do procurador geral durante o encontro e divulgada através do WhatsApp:

Em suas redes sociais, o prefeito Guiga Nunes divulgou mais uma nota sobre o caso:

  1. O ex-prefeito, na gestão passada, fez um acordo com o Sindicato dos Professores, para dividir um Precatório, de forma que o Município ficaria com quarenta por cento e o Sindicato dividiria entre os Professores o restante dos sessenta por cento.
  2. Na época, em 2016, o Ex-prefeito recebeu os quarenta por cento e gastou livre.
  3. Nesse acordo, o Sindicato, nem os professores ganharam nada. Ou seja, foi um acordo que só a Prefeitura ganhou, pois o retante dos valores, sessenta por cento, ficou bloqueado na Justiça.
  4. Agora vem uma decisão judicial e pronuciamento do Procurador Geral do Tribunal de Contas afirmando claramente que o acordo feito no ano de 2016 não tem validade jurídica.
  5. Como gestor do Município não posso agir contra o entendimento do Judiciário e do Tribunal de Contas, sob pena de responder por improbidade administrativa.
  6. Se o acordo feito em 2016 tivesse amparo na lei, todos tinham recebido os valores naquela época e não só o Munícipio.
  7. O Ex-gestor utilizou e gastou toda a parte do Município no “acordo” e deixou a parte que seria dos professores para a atual gestão pagar.
  8. Ocorre que não há como cumprir um acordo que a Justiça não deu respaldo e o Procurador Geral do Ministério Público do TCE disse textualmente que era ilegal.
  9. Me parece que em 2016 se alimentou, não sei por parte de quem, que o acordo seria cumprido, pois apesar de existir decisão contrária aos professores, não houve mobilização da categoria.
  10. Vamos cumprir a decisão judicial e procurar valorizar a educação e os professores através de lei em conversa com a categoria, pois o rateio do acordo não tem respaldo.

 

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